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Presidente eleito Moon promete unificar Coreia do Sul

O triunfo de Moon irá encerrar meses de tumulto político que levaram ao impeachment da ex-presidente devido a um escândalo de corrupção

Moon Jae-in: "Farei um país justo, unido", disse ele a uma plateia de apoiadores (Kim Hong-Ji/Reuters)
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Reuters

Publicado em 9 de maio de 2017 às 16h10.

Seul - O político liberal Moon Jae-in venceu a eleição presidencial da Coreia do Sul de forma decisiva nesta terça-feira, segundo pesquisa de boca de urna, uma vitória esperada que irá pôr fim a uma década de governo conservador e dar ensejo a uma abordagem mais conciliadora em relação à Coreia do Norte.

O triunfo de Moon irá encerrar meses de tumulto político que levaram ao impeachment da ex-presidente conservadora Park Geun-hye devido a um escândalo de corrupção, votado no Parlamento e confirmado por um tribunal em março.

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Park se tornou a primeira líder sul-coreana eleita democraticamente a ser retirada do cargo, desencadeando uma eleição antecipada para a escolha de seu sucessor.

Moon, empolgado e cercado por líderes de seu Partido Democrático, subiu em um palco temporário na praça principal do centro de Seul e prometeu abrir caminho a uma nova era para um país profundamente afetado pelo escândalo.

"Farei um país justo, unido", disse ele a uma plateia reunida à meia-noite para ver o ex-advogado de direitos humanos que entrou para a política há cinco anos. "Serei um presidente que também irá servir a todas as pessoas que não me apoiaram."

Com 80 por cento dos votos computados, Moon tinha uma dianteira de 40 por cento, de acordo com a Comissão Nacional Eleitoral.

Um adversário conservador, o ex-procurador Hong Joon-pyo, vinha em segundo com 25,5 por cento, seguido pelo candidato de centro Ahn Cheol-soo com 21,4 por cento.

Os resultados se alinham a uma pesquisa de boca de urna realizada pelas três maiores emissoras da Coreia do Sul que mostrou Moon, de 64 anos, conquistando 41,4 por cento dos votos entre os 13 candidatos.

"Se as pesquisas de boca de urna estiverem certas, irei aceitar os resultados e ficar satisfeito com o fato de que o Partido Liberty Korea será restaurado", disse Hong, abatido, a membros de sua sigla conservadora.

Ahn disse que irá "aceitar humildemente" o desfecho.

O comparecimento foi de 77,2 por cento, o mais alto em 20 anos, mas menos do que os 80 por cento esperados, já que os eleitores tiveram que enfrentar um tempo chuvoso para ir às urnas.

Moon deve ser empossado para cumprir um mandato de cinco anos na quarta-feira. Ele disse que irá dispensar uma cerimônia de posse requintada e começar a trabalhar de imediato.

Moon favorece o diálogo com a Coreia do Norte para aliviar a crescente tensão sobre os acelerados programas nuclear e de mísseis do regime de Pyongyang.

Ele também quer reformar poderosos conglomerados liderados por famílias, como Samsung e Hyundai, e estimular o gasto fiscal para criar empregos.

O liberal, que perdeu para Park por uma pequena margem em 2012, criticou os dois governos conservadores anteriores por não terem conseguido refrear o desenvolvimento de armas norte-coreano.

Ele defende uma política dupla de diálogo e de manutenção da pressão e das sanções para incentivar mudanças.

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