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Presidente do Zimbábue fala com líder opositor para acalmar país

Emmerson Mnangagwa, da União Nacional Africana do Zimbábue-Frente Patriótica (ZANU-PF), conversou com o líder da oposição, Nelson Chamisa

Protestos: centenas de seguidores do opositor Movimento pela Mudança Democrática tomaram ontem as ruas do centro de Harare. Pelo menos três pessoas morreram (Siphiwe Sibeko/Reuters)

Protestos: centenas de seguidores do opositor Movimento pela Mudança Democrática tomaram ontem as ruas do centro de Harare. Pelo menos três pessoas morreram (Siphiwe Sibeko/Reuters)

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EFE

Publicado em 2 de agosto de 2018 às 09h41.

Harare - O presidente do Zimbábue e candidato da União Nacional Africana do Zimbábue-Frente Patriótica (ZANU-PF, na sigla em inglês), Emmerson Mnangagwa, afirmou nesta quinta-feira que conversou com o líder da oposição, Nelson Chamisa, para "discutir sobre como dissipar a situação", depois que pelo menos três pessoas morreram ontem durante protestos na capital, Harare.

"Estivemos nos comunicando com Nelson Chamisa para discutir como dissipar de forma imediata a situação, e devemos manter o diálogo para proteger a paz que todos queremos", disse Mnangagwa, em sua conta do Twitter.

Centenas de seguidores do opositor Movimento pela Mudança Democrática (MDC, na sigla em inglês) tomaram ontem as ruas do centro de Harare, o seu maior bastião, para protestar pelo atraso no anúncio dos resultados das eleições presidenciais ocorridas na última segunda-feira, onde denunciaram fraude contra aquele que consideram o autêntico vencedor, Chamisa.

Os protestos foram reprimidos, primeiro pela polícia e depois também pelo Exército, com canhões de água, gás lacrimogêneo e munição real.

Como resultado, a emissora estatal "ZBC" confirmou a morte de pelo menos três pessoas.

O presidente do Zimbábue expressou suas condolências às famílias das "vítimas da violência de ontem", considerando que "toda vida é sagrada e suas mortes são uma tragédia, independentemente das circunstâncias".

Ele também disse que pedirá "uma investigação independente" do que aconteceu ontem em Harare para que os responsáveis respondam na Justiça, em prol da "transparência e prestação de contas".

"Mais do que nunca, é importante que permaneçamos unidos e nos comprometemos em resolver nossas diferenças de maneira pacífica e respeitosa, e dentro dos limites da lei", acrescentou o candidato governista.

As ruas de Harare amanheceram hoje tranquilas, esperando, mais um dia, que a Comissão Eleitoral (ZEC, sigla em inglês) anuncie os dados relativos às eleições presidenciais.

A ZEC assegura que os publicará hoje e culpa o atraso pelo fato que os representantes dos 23 candidatos que foram apresentados ainda não verificaram todos os resultados, um requisito legal anterior à sua publicação.

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