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Presidente do Sudão do Sul ordena fim de hostilidades

Desde a última quinta-feira, mais de 269 pessoas morreram nos confrontos protagonizados entre as forças governamentais e opositoras


	Sudão do Sul: "Qualquer soldado ou membro das forças regulares que seja encontrado com seu fuzil sem ter comunicado sua unidade será detido"
 (Reuters)

Sudão do Sul: "Qualquer soldado ou membro das forças regulares que seja encontrado com seu fuzil sem ter comunicado sua unidade será detido" (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 11 de julho de 2016 às 14h15.

Cairo - O presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir, ordenou nesta segunda-feira uma "imediata" cessação das hostilidades entre as tropas leais a ele e as do vice-presidente e líder da oposição, Riek Machar, confronto que desde a última quinta-feira provocou a morte de quase 300 pessoas.

"O presidente reiterou seu compromisso com a contínua implementação do acordo (de paz) e, por isso, publicou uma ordem republicana para a cessação das hostilidades com efeito imediato", disse o ministro da Informação, Michael Makuei, em discurso.

"Todos os comandantes devem cessar todas as hostilidades, controlar suas forças e proteger a população civil e suas propriedades. Todos que estão situados nos postos de controle da cidade de Juba devem reduzir e limitar os citados postos de controle às instituições essenciais e importantes", completou Makuei.

"Qualquer soldado ou membro das forças regulares que seja encontrado com seu fuzil sem ter comunicado sua unidade será detido e se tomarão ações imediatas contra ele", afirmou o ministro.

Makuei também pediu que todos os cidadãos voltem a seus lares para que retomem sua vida de forma normal, já que a situação de violência já tinha sido finalizada. Os esporádicos combates foram retomados na manhã de hoje em vários pontos da cidade.

Desde a última quinta-feira, mais de 269 pessoas morreram nos confrontos protagonizados entre as forças governamentais e opositoras.

O governo de Kiir e a oposição de Machar tinham firmado um acordo de paz em agosto de 2015, formando um Executivo de união nacional no país em abril.

O pacto prevê que as forças leais aos dois líderes políticos se integrem no Exército do Sudão do Sul.

O conflito entre ambos explodiu em dezembro de 2003, quando Kiir, da etnia dinka, denunciou uma suposta tentativa de golpe de Estado liderado por Machar, da etnia nuer.

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