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Presidente do Peru sinaliza renúncia de vices após impeachment

partido de direita que controla o Congresso, Força Popular, pretende destituir Pedro Pablo Kuczynski em uma votação nesta quinta-feira por corrupção

Pedro Pablo Kuczynski: presidente peruano disse que a Força Popular está abusando de sua maioria parlamentar para tentar tomar o poder (Mariana Bazo/Reuters)

Pedro Pablo Kuczynski: presidente peruano disse que a Força Popular está abusando de sua maioria parlamentar para tentar tomar o poder (Mariana Bazo/Reuters)

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Reuters

Publicado em 21 de dezembro de 2017 às 07h59.

Lima - O presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, sinalizou na quarta-feira que seus dois vice-presidentes irão renunciar se o Congresso aprovar sua destituição da Presidência do país, e chamou a tentativa da oposição de retirá-lo do cargo de um "golpe" que precisa ser enfrentado.

O partido de direita que controla o Congresso, Força Popular, pretende destituir Kuczynski, de centro-direita, em uma votação nesta quinta-feira, argumentando que o presidente é "moralmente impróprio" para governar, após a divulgação de que ele uma vez teve relações comerciais com a empreiteira Odebrecht, que está no centro do maior escândalo de corrupção da América Latina.

Kuczynski, que nega ter cometido qualquer ação ilegal, disse que a Força Popular está abusando de sua maioria parlamentar para tentar tomar o poder.

"A Constituição e a democracia estão sob ataque. Estamos enfrentando um golpe vestido em interpretações legais supostamente legítimas", disse, em discurso televisionado na noite de quarta-feira.

"Essa é uma convicção que meus dois vice-presidentes compartilham, porque nenhum deles quer fazer parte de um governo nascido de uma manobra injusta e antidemocrática", disse Kuczynski.

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