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Presidente do Peru enfrenta nova ameaça de impeachment

"Vou me defender e não renunciarei", exclamou o presidente na cidade andina de Puno

Kuczynski: o presidente afirmou que sua "consciência está limpa" (Mariana Bazo/Reuters)

Kuczynski: o presidente afirmou que sua "consciência está limpa" (Mariana Bazo/Reuters)

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AFP

Publicado em 9 de março de 2018 às 20h44.

O presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, declarou nesta sexta-feira que se defenderá e não cogita a renúncia, diante de um novo pedido de impeachment apresentado pelos parlamentares da oposição.

"Vou me defender e não renunciarei", exclamou o presidente na cidade andina de Puno, 1.310 km a sudeste de Lima, onde anunciou a construção de dez estações de tratamento de esgoto para descontaminar o lago Titicaca, que a 3.812 metros de altitude é o lago navegável mais alto do mundo, entre Peru e Bolívia.

Kuczynski afirmou que sua "consciência está limpa" e que não se deixará abater pelos "traidores".

Legisladores da oposição apresentaram nesta quinta-feira ao Congresso um pedido de impeachment do presidente, o segundo em menos de três meses, alegando sua "incapacidade moral" pelos supostosvínculos com a brasileira Odebrecht.

Kuczynski destacou que o novo pedido de impeachment "expõe o Peru ao ridículo porque estamos dizendo: tiramos o presidente que está trabalhando quando virão 35 presidentes para a Cúpula das América, em 14 de abril".

"A intenção é me tirar depois da cúpula para não dar má impressão", revelou Kuczynski, 79 anos, que assumiu a presidência em 28 de julho de 2016 para um mandato de cinco anos.

Os opositores afirmam que Kuczynski deve perder o cargo por suas "mentiras, enganos e graves conflitos de interesse" envolvendo a Odebrecht, "que configuram uma grave violação do decoro público".

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