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Presidente do Egito deve convocar eleições para abril

A votação será realizada em fases por causa de uma escassez de supervisores. Convocação seria feita pelo governante Mohamed Mursi


	Mohamed Mursi, presidente do Egito
 (Alberto Pizzoli/AFP)

Mohamed Mursi, presidente do Egito (Alberto Pizzoli/AFP)

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Da Redação

Publicado em 21 de fevereiro de 2013 às 17h09.

Cairo - O presidente egípcio, Mohamed Mursi, vai convocar uma eleição parlamentar que começa em abril, disse uma fonte presidencial à Reuters nesta quinta-feira, afirmando que a votação deve acontecer em três ou quatro etapas.

No começo do dia, o Conselho Shura (Senado) aprovou uma lei eleitoral alterada pela Corte Constitucional, abrindo caminho para Mursi definir uma data para a eleição na Câmara.

"O presidente vai emitir um decreto em breve, pode ser esta noite, convocando eleições que começam em abril", disse a fonte à Reuters.

A votação será realizada em fases em diferentes regiões por causa de uma escassez de supervisores. A última eleição na Câmara, vencida por islâmicos, durou de novembro de 2011 até janeiro do ano seguinte.

Mursi deve ratificar a lei eleitoral até 25 de fevereiro. A Câmara foi dissolvida no ano passado, depois que o tribunal decidiu que a lei original usada para eleição era injusta.

A nova Câmara deverá ter que decidir sobre duras medidas econômicas que o Fundo Monetário Internacional (FMI) está exigindo em troca de um empréstimo de 4,8 bilhões dólares que o Egito precisa para enfrentar uma crise econômica.

Na segunda-feira, a Corte Constitucional exigiu mudanças em cinco artigos da lei eleitoral revisada. O Conselho Shura aceitou esta decisão e aprovou a legislação sem votação nesta quinta-feira.

"A decisão da Corte Constitucional é obrigatória e não temos o direito de votar. Deve ser cumprido", disse o líder do Conselho, Ahmed Fahmy.

A nova lei proíbe membros do Parlamento de mudar sua filiação política depois de serem eleitos.

Sob o comando do presidente deposto Hosni Mubarak, os independentes muitas vezes eram persuadidos a aderir ao Partido Nacional Democrático (PND), que monopolizava o Parlamento e a vida política, antes da revolução de 2011.

A lei também estipula que um terço da Câmara deve ser designado para independentes e proíbe ex-integrantes do extinto PND de participar da política por pelo menos 10 anos.

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