Presidente de Uganda ameaça líder rebelde do Sudão do Sul
Duas semanas de combates já deixaram pelo menos mil mortos no país mais jovem do mundo
Da Redação
Publicado em 30 de dezembro de 2013 às 13h38.
Juba - O presidente de Uganda disse nesta segunda-feira que os países do leste africano concordaram em se unir para derrotar Riek Machar, líder rebelde do Sudão do Sul, se ele rejeitar uma oferta de cessar-fogo, ameaçando assim transformar o atual confronto étnico num conflito regional.
Duas semanas de combates já deixaram pelo menos mil mortos no país mais jovem do mundo, afetaram o mercado de petróleo e criaram o temor sobre a possibilidade de uma guerra civil numa região já marcada pela violência na República Centro-Africana e na República Democrática do Congo.
"Demos a Riek Machar quatro dias para responder (sobre a proposta de trégua) e, se ele não responder, vamos ter que ir contra ele, todos nós. Isso é o que acordamos em Nairóbi", afirmou o presidente de Uganda, Yoweri Museveni, à imprensa na capital do Sudão do Sul, Juba.
Perguntado sobre o que isso significava, Museveni respondeu: "Derrotá-lo." Não houve confirmações sobre tal acordo dos outros países, incluindo as economias mais poderosas do Quênia e da Etiópia, que vêm tentando mediar o conflito e que na semana passada deram até 31 de dezembro para que os dois lados abandonassem as armas.
A Organização das Nações Unidas ( ONU ), os Estados Unidos e outros países ocidentais, que enviaram milhões de dólares em ajuda para o Sudão do Sul desde que o país se tornou independente do Sudão em 2011, também se esforçam para conter a violência.
Combates entre grupos rivais de soldados começaram em Juba em 15 de dezembro, e o conflito se espalhou pelo país, com confrontos principalmente entre os grupos étnicos de Machar, os nuer, e do presidente Salva Kiir, os dinka.
Kiir, que afastou Machar do governo em julho, o acusou de iniciar os confrontos numa tentativa de tomar o poder, algo que Machar nega.
Os combates, em conjunto com as turbulências na Líbia, aumentaram o preço do petróleo nesta segunda-feira para mais de 112 dólares o barril. O Sudão do Sul tem a terceira maior reserva de petróleo da África subsaariana, depois de Angola e Nigéria.
Machar reagiu com relativa frieza à oferta de trégua, e o Exército tem dito que continua a lutar contra os soldados do líder rebelde.
Em Bor, milhares de pessoas deixaram a cidade, depois que o Exército alertou sobre um iminente ataque da milícia nuer "Exército Branco", segundo autoridades. A milícia é composta por jovens, e seus combatentes cobrem o corpo com cinzas.
Juba - O presidente de Uganda disse nesta segunda-feira que os países do leste africano concordaram em se unir para derrotar Riek Machar, líder rebelde do Sudão do Sul, se ele rejeitar uma oferta de cessar-fogo, ameaçando assim transformar o atual confronto étnico num conflito regional.
Duas semanas de combates já deixaram pelo menos mil mortos no país mais jovem do mundo, afetaram o mercado de petróleo e criaram o temor sobre a possibilidade de uma guerra civil numa região já marcada pela violência na República Centro-Africana e na República Democrática do Congo.
"Demos a Riek Machar quatro dias para responder (sobre a proposta de trégua) e, se ele não responder, vamos ter que ir contra ele, todos nós. Isso é o que acordamos em Nairóbi", afirmou o presidente de Uganda, Yoweri Museveni, à imprensa na capital do Sudão do Sul, Juba.
Perguntado sobre o que isso significava, Museveni respondeu: "Derrotá-lo." Não houve confirmações sobre tal acordo dos outros países, incluindo as economias mais poderosas do Quênia e da Etiópia, que vêm tentando mediar o conflito e que na semana passada deram até 31 de dezembro para que os dois lados abandonassem as armas.
A Organização das Nações Unidas ( ONU ), os Estados Unidos e outros países ocidentais, que enviaram milhões de dólares em ajuda para o Sudão do Sul desde que o país se tornou independente do Sudão em 2011, também se esforçam para conter a violência.
Combates entre grupos rivais de soldados começaram em Juba em 15 de dezembro, e o conflito se espalhou pelo país, com confrontos principalmente entre os grupos étnicos de Machar, os nuer, e do presidente Salva Kiir, os dinka.
Kiir, que afastou Machar do governo em julho, o acusou de iniciar os confrontos numa tentativa de tomar o poder, algo que Machar nega.
Os combates, em conjunto com as turbulências na Líbia, aumentaram o preço do petróleo nesta segunda-feira para mais de 112 dólares o barril. O Sudão do Sul tem a terceira maior reserva de petróleo da África subsaariana, depois de Angola e Nigéria.
Machar reagiu com relativa frieza à oferta de trégua, e o Exército tem dito que continua a lutar contra os soldados do líder rebelde.
Em Bor, milhares de pessoas deixaram a cidade, depois que o Exército alertou sobre um iminente ataque da milícia nuer "Exército Branco", segundo autoridades. A milícia é composta por jovens, e seus combatentes cobrem o corpo com cinzas.