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Presidente de Portugal convoca eleições para 5 de junho

Mesmo após renunciar, primeiro-ministro José Sócrates será mantido no cargo até a eleição e será responsável por tentar resolver a crise econômica do país

Anibal Cavaco Silva, presidente português, aceitou a renúncia de Sócrates (Alfredo Rocha/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 31 de março de 2011 às 17h50.

Lisboa- O presidente de Portugal, o conservador Aníbal Cavaco Silva, anunciou hoje que aceita a renúncia apresentada em 23 de março pelo primeiro-ministro José Sócrates, e convocou eleições antecipadas para o posto, que serão realizadas no dia 5 de junho.

A decisão do chefe de Estado português foi tomada em função da crise política que aumentou a pressão dos mercados sobre a dívida soberana lusa, que deixaram o país à beira de um resgate financeiro.

Cavaco esclareceu que, após a dissolução da Assembleia Legislativa, o Governo de Sócrates continua interino e com poderes suficientes para tomar as decisões financeiras exigidas pelo país, em referência ao pedido de resgate, que o Executivo se mostrou oposto a tramitar.

O presidente português pintou um panorama ruim da situação econômica, política e social do país e pediu a todos os partidos que ajudem a conseguir, após as eleições, um ambiente político que permita superar os problemas nacionais "extremamente graves".

As formações políticas já preparavam as campanhas eleitorais convencidas da inevitável antecipação das eleições, confirmada horas depois que o Governo demissionário reconheceu um aumento de três bilhões de euros de perdas no setor público, que eleva o déficit do ano passado de 7,3% para 8,6%.

Cavaco explicou que decidiu convocar eleições antecipadas em dois anos e meio de acordo com a opinião expressada por todos os partidos e com a recomendação unânime do Conselho de Estado, um organismo assessor do qual participam Sócrates e outras 18 personalidades políticas.

Este pleito ocorrerá "em um momento crítico da vida nacional", ressaltou Cavaco, ao destacar o forte desequilíbrio das contas públicas, o endividamento externo, as elevadas necessidades de financiamento do Estado e os altos juros.

O presidente também criticou a situação social da nação com mais de 600 mil desempregados, em um país de dez milhões de habitantes, o aumento da pobreza e a precariedade do trabalho, sobretudo entre os jovens.

Em uma clara censura a Sócrates, com o qual teve fortes enfrentamentos, Cavaco justificou a convocação de eleições perante a "degradação da situação política nacional" e a crescente dificuldade do Governo minoritário de "estabelecer entendimentos" sobre as medidas necessárias para os problemas do país.

Sócrates apresentou a renúncia depois que o Parlamento rejeitou seu quarto plano de austeridade, com o voto de todos os partidos de oposição.

Entre eles esteve o de Cavaco, o Social Democrata (PSD, centro-direita), atual favorito nas pesquisas e que, com sua abstenção, tinha permitido a aprovação dos três planos anteriores de austeridade.

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Lisboa- O presidente de Portugal, o conservador Aníbal Cavaco Silva, anunciou hoje que aceita a renúncia apresentada em 23 de março pelo primeiro-ministro José Sócrates, e convocou eleições antecipadas para o posto, que serão realizadas no dia 5 de junho.

A decisão do chefe de Estado português foi tomada em função da crise política que aumentou a pressão dos mercados sobre a dívida soberana lusa, que deixaram o país à beira de um resgate financeiro.

Cavaco esclareceu que, após a dissolução da Assembleia Legislativa, o Governo de Sócrates continua interino e com poderes suficientes para tomar as decisões financeiras exigidas pelo país, em referência ao pedido de resgate, que o Executivo se mostrou oposto a tramitar.

O presidente português pintou um panorama ruim da situação econômica, política e social do país e pediu a todos os partidos que ajudem a conseguir, após as eleições, um ambiente político que permita superar os problemas nacionais "extremamente graves".

As formações políticas já preparavam as campanhas eleitorais convencidas da inevitável antecipação das eleições, confirmada horas depois que o Governo demissionário reconheceu um aumento de três bilhões de euros de perdas no setor público, que eleva o déficit do ano passado de 7,3% para 8,6%.

Cavaco explicou que decidiu convocar eleições antecipadas em dois anos e meio de acordo com a opinião expressada por todos os partidos e com a recomendação unânime do Conselho de Estado, um organismo assessor do qual participam Sócrates e outras 18 personalidades políticas.

Este pleito ocorrerá "em um momento crítico da vida nacional", ressaltou Cavaco, ao destacar o forte desequilíbrio das contas públicas, o endividamento externo, as elevadas necessidades de financiamento do Estado e os altos juros.

O presidente também criticou a situação social da nação com mais de 600 mil desempregados, em um país de dez milhões de habitantes, o aumento da pobreza e a precariedade do trabalho, sobretudo entre os jovens.

Em uma clara censura a Sócrates, com o qual teve fortes enfrentamentos, Cavaco justificou a convocação de eleições perante a "degradação da situação política nacional" e a crescente dificuldade do Governo minoritário de "estabelecer entendimentos" sobre as medidas necessárias para os problemas do país.

Sócrates apresentou a renúncia depois que o Parlamento rejeitou seu quarto plano de austeridade, com o voto de todos os partidos de oposição.

Entre eles esteve o de Cavaco, o Social Democrata (PSD, centro-direita), atual favorito nas pesquisas e que, com sua abstenção, tinha permitido a aprovação dos três planos anteriores de austeridade.

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