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Presidente de Mianmar é denunciado por genocídio nos EUA

Os queixosos também pediram à juíza federal que convoque Thein Sein, seu chanceler, dois ex-ministros e dois funcionários a responder à denúncia

O presidente de Mianmar, Thein Sein: "Estamos tentando impedir a entrada do presidente Thein Sein nos Estados Unidos e que o tribunal americano o declare responsável por genocídio" (Nicolas Asfouri/AFP)
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Da Redação

Publicado em 5 de outubro de 2015 às 14h33.

Um grupo de 19 organizações muçulmanas americanas apresentou uma denúncia de " genocídio " ante a justiça de Nova York contra o presidente de Mianmar e autoridades de seu governo por supostos crimes de perseguição contra a comunidade Rohingya.

Os queixosos também pediram à juíza federal Debra Freeman que convoque Thein Sein, seu chanceler Wunna Maung Lwin, dois ex-ministros e dois funcionários a responder à denúncia, segundo documentos apresentados perante a corte.

"Estamos tentando impedir a entrada do presidente Thein Sein nos Estados Unidos e que o tribunal americano o declare responsável por genocídio", afirmou nesta segunda-feira à AFP o advogado Gurpatwant Pannun, cuja organização apresentou a denúncia na última quinta-feira.

Segundo esta associação civil, membros da comunidade Rohingya, uma minoria muçulmana de cerca de 1,3 milhão de pessoas que vive no oeste de Mianmar, "tem sido o alvo principal de crimes de ódio e discriminação equivalentes a genocídio comandados por monges budistas extremistas nacionalistas e o governo de Thei Sein".

"Desde 1962, o governo de Mianmar, de supremacia budista, governou com uma ideologia autoritária e excludente. Aos rohingyas foi negada a cidadania e são brutalmente perseguidos devido a sua fé e identidade étnica", completa.

Os queixosos, entre os quais se encontra um membro dessa comunidade que fugiu de Mianmar para os Estados Unidos, denunciam "genocídio, tortura, detenção arbitrária e tratamento cruel, desumano e degradante por parte das autoridades".

Caso a juíza aceite a denúncia, "caberá à administração americana iniciar ações penais contra os responsáveis de genocídio", indicou o advogado Punnan.

Mianmar foi comandado por uma junta militar por quase meio século, até sua autodissolução em 2010, quando o poder foi transferido a um regime liderado por Thain Sein, general que se reformou para poder participar das eleições.

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Um grupo de 19 organizações muçulmanas americanas apresentou uma denúncia de " genocídio " ante a justiça de Nova York contra o presidente de Mianmar e autoridades de seu governo por supostos crimes de perseguição contra a comunidade Rohingya.

Os queixosos também pediram à juíza federal Debra Freeman que convoque Thein Sein, seu chanceler Wunna Maung Lwin, dois ex-ministros e dois funcionários a responder à denúncia, segundo documentos apresentados perante a corte.

"Estamos tentando impedir a entrada do presidente Thein Sein nos Estados Unidos e que o tribunal americano o declare responsável por genocídio", afirmou nesta segunda-feira à AFP o advogado Gurpatwant Pannun, cuja organização apresentou a denúncia na última quinta-feira.

Segundo esta associação civil, membros da comunidade Rohingya, uma minoria muçulmana de cerca de 1,3 milhão de pessoas que vive no oeste de Mianmar, "tem sido o alvo principal de crimes de ódio e discriminação equivalentes a genocídio comandados por monges budistas extremistas nacionalistas e o governo de Thei Sein".

"Desde 1962, o governo de Mianmar, de supremacia budista, governou com uma ideologia autoritária e excludente. Aos rohingyas foi negada a cidadania e são brutalmente perseguidos devido a sua fé e identidade étnica", completa.

Os queixosos, entre os quais se encontra um membro dessa comunidade que fugiu de Mianmar para os Estados Unidos, denunciam "genocídio, tortura, detenção arbitrária e tratamento cruel, desumano e degradante por parte das autoridades".

Caso a juíza aceite a denúncia, "caberá à administração americana iniciar ações penais contra os responsáveis de genocídio", indicou o advogado Punnan.

Mianmar foi comandado por uma junta militar por quase meio século, até sua autodissolução em 2010, quando o poder foi transferido a um regime liderado por Thain Sein, general que se reformou para poder participar das eleições.

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