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Presidente da Turquia jogou no lixo carta com ameaças de Trump

Turquia invadiu a fronteira com a Síria para expulsar os curdos da região

Erdogan: presidente turco respondeu à carta iniciando no mesmo dia 9 a ofensiva militar no nordeste da Síria (Huseyin Aldemir/Reuters)
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EFE

Publicado em 17 de outubro de 2019 às 11h47.

Ancara — O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan , jogou no lixo a carta que recebeu do mandatário dos Estados Unidos, Donald Trump , na qual o americano pedia um acordo sobre a ofensiva turca no nordeste da Síria, caso contrário destruiria a economia do país eurasiático.

"A carta de 9 de novembro foi rejeitada pelo presidente Erdogan e jogada no lixo", informou nesta quinta-feira uma fonte diplomática turca ao jornal "Hürriyet".

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A mesma fonte acrescentou que a resposta mais direta à carta foi a Turquia ter iniciado no mesmo dia 9 a ofensiva militar no nordeste da Síria, operação que busca expulsar da região as milícias curdo-sírias que são consideradas "terroristas" pelo governo turco.

Na carta, Trump advertia o presidente turco sobre as possíveis consequências do início das operações militares.

"Você não quer ser responsável pelo massacre de milhares de pessoas, e eu não quero ser responsável pela destruição da economia turca - e a destruirei", afirmou Trump na carta.

O conteúdo da carta, revelado por uma jornalista da emissora "Fox News" no Twitter, foi amplamente criticado pelo uso de um vocabulário pouco frequente nas comunicações entre dois presidentes.

"A história o verá de forma favorável se fizer isto bem e de forma humana. Mas sempre o verá como o demônio se não acontecerem coisas boas", alertou o governante americano.

Trump anunciou na semana passada a retirada das tropas americanas da Síria, uma decisão que permitiu a implementação da intervenção militar turca e que recebeu críticas do Partido Republicano, do qual presidente faz parte.

Nesta semana, Washington já sancionou três ministros do governo da Turquia, além de anunciar um aumento das tarifas sobre o aço turco como represália pela ofensiva na Síria.

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