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Presidente da Itália faz alerta contra eleição antecipada

Para Giorgio Napolitano incerteza colocaria o país em risco

Giorgio Napolitano: "Eu considero o recurso fácil e frequente de eleições antecipadas como uma das mais perigosas doenças italianas" (Bloomberg)

Giorgio Napolitano: "Eu considero o recurso fácil e frequente de eleições antecipadas como uma das mais perigosas doenças italianas" (Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 24 de julho de 2013 às 08h25.

Roma - Falando antes de o governo enfrentar um voto de confiança do Parlamento nesta quarta-feira, o presidente italiano, Giorgio Napolitano, alertou os políticos a não precipitarem eleições antecipadas, dizendo que a incerteza colocaria o país em risco.

A coalizão incomum que governa a Itália, reunindo os tradicionais rivais de centro-esquerda e centro-direita, tem sido atormentada por divergências desde que Napolitano juntou os dois lados, em abril, para governarem juntos e acabar com um impasse de dois meses após as eleições de fevereiro.

"O presidente tem o dever de alertar o país e os partidos políticos dos riscos muito graves e repercussões(...) que a desestabilização e a incerteza no quadro político-institucional traria para a Itália", disse o chefe de Estado, de 88 anos, em uma carta ao jornal Corriere della Sera.

"Eu considero o recurso fácil e frequente de eleições antecipadas como uma das mais perigosas doenças italianas", disse ele, referindo-se à instabilidade endêmica que deu à Itália 64 governos diferentes desde a Segunda Guerra Mundial.

Napolitano, que relutantemente concordou em servir um segundo mandato como presidente uma vez que os partidos não conseguiram chegar a um acordo para um substituto, tem usado repetidamente o seu poder e prestígio para defender o governo liderado pelo político de centro-esquerda Enrico Letta contra manobras de facções partidárias.

O voto de confiança desta quarta-feira foi apresentado para acelerar a aprovação de um pacote de medidas de crescimento e é improvável que derrube o governo, mas a estabilidade da coalizão está ameaçada por disputas sobre a política econômica e os problemas legais do líder de centro-direita Silvio Berlusconi.

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