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Presidente da Colômbia dedica Nobel da Paz às vítimas e às Farc

Juan Manuel Santos dedicou o prêmio às vítimas e aos negociadores do acordo de paz na Colômbia, inclusive os das Farc

Juan Manuel Santos, presidente da Colômbia, recebe o Nobel da Paz (NTB Scanpix/Lise Aaserud/Reuters)

Juan Manuel Santos, presidente da Colômbia, recebe o Nobel da Paz (NTB Scanpix/Lise Aaserud/Reuters)

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AFP

Publicado em 10 de dezembro de 2016 às 11h32.

O presidente colombiano Juan Manuel Santos recebeu neste sábado o Prêmio Nobel da Paz e os dedicou às vítimas do conflito em seu país, assim como às Forças Armadas e aos negociadores do governo e os das guerrilhas das Farc.

Santos agradeceu em seu discurso ao apoio da comunidade internacional, em particular da Noruega, Cuba, Chile, Venezuela, Estados Unidos e União Europeia, para acabar com um conflito de mais de meio século.

Ele também afirmou que o povo da Colômbia, com o apoio de amigos em todo o planeta, está tornando possível o impossível.

"A guerra que causou tanto sofrimento e angústia a nossa população, ao longo e por todo nosso belo país, acabou", acrescentou, taxativo, o presidente entre aplausos do público.

O presidente colombiano também afirmou que o acordo com as Farc é um modelo para países em guerra, como a Síria.

Santos recordou a frustração que representou a vitória do "não" no referendo convocado para legitimar o acordo de paz assinado com a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

Este fato recordou a ele, disse, uma passagem do livro "Cem Anos de Solidão", do Nobel de Literatura Gabriel García Márquez, seu compatriota.

"Os colombianos nos sentimos como habitantes de Macondo: um lugar não apenas mágico, como também contraditório".

"Eu me propus converter este revés em uma oportunidade", afirmou, reafirmando que a concessão do Nobel da Paz foi "um presente dos céus".

"Em um momento em que nosso barco parecida ir à deriva, o Prêmio Nobel foi o vento de popa que nos impulsionou para chegar a nosso destino: o porto da paz!".

"E conseguimos. Chegamos ao porto!".

"O impossível pode ser possível", acrescentou, lançando uma pergunta: se conseguimos aqui, por que não se pode conseguir no resto do mundo?

Ele também pediu que se retome a guerra mundia contra as drogas.

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