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Presidente colombiano propõe referendo sobre acordo com Farc

Juan Manuel Santos afirmou que acordos não acabarão com Assembleia Constituinte, que alteraria Constituição, como pedem as Farc


	O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos: se querem mudanças econômicas e políticas, Farc devem vencer as eleições, afirmou o governo colombiano
 (Javier Casella/AFP)

O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos: se querem mudanças econômicas e políticas, Farc devem vencer as eleições, afirmou o governo colombiano (Javier Casella/AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de janeiro de 2013 às 20h53.

Bogotá - O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, rejeitou nesta quarta-feira a exigência das Farc de elevar a status constitucional os eventuais acordos a serem alcançados na negociação de paz com a guerrilha, mas propôs levá-los a referendo popular.

No início do diálogo de paz realizado em Cuba, o chefe da equipe negociadora das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Iván Márquez, pediu a realização de uma Assembleia Nacional para referendar os acordos que sejam alcançados e garantir seu cumprimento e manutenção.

Nas últimas horas, membros das Farc que estão em Havana para a reunião voltaram a defender a ideia de uma Assembleia Nacional Constituinte, que implica mudanças na Carta Magna do país de 46 milhões de habitantes.

"É muito possível que se possa alcançar uma fórmula para referendar popularmente qualquer acordo. Isso está sendo discutido. Não vou entrar em detalhes porque é um dos pontos em discussão", disse Santos durante evento do governo.

"Mas o que, sim, quero que fique muito claro é que não vamos terminar esses acordos com uma Assembleia Constituinte, como alguns pediram... que tirem da cabeça essa possibilidade porque isso não vai ser assim", advertiu o mandatário, um economista e administrador de 61 anos.

Na antessala da crucial negociação sobre o futuro da Colômbia, tomada por uma luta interna de quase cinco décadas que matou milhares de pessoas, o governo disse que não debaterá mudanças no modelo econômico e político e advertiu que se as Farc querem fazê-lo devem deixar as armas, entrar para a política e vencer as eleições.

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