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Presidente chinês promete 'reunificação' pacífica com Taiwan

A ilha de Taiwan, que goza de um sistema democrático, é governada por um poder independente de Pequim desde a vitória dos comunistas sobre o continente em 1949

Presidente da China, Xi Jinping (World Economic Forum/Pascal Bitz/Divulgação)
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AFP

Publicado em 9 de outubro de 2021 às 08h56.

O presidente chinês, Xi Jinping, prometeu neste sábado (9) uma "reunificação" inevitável com Taiwan por meios "pacíficos", enquanto a ilha relatou nos últimos dias um número recorde de incursões de aviões militares de Pequim.

O chefe de Estado chinês falou por ocasião das comemorações do 110º aniversário da Revolução de 1911, que derrubou a última dinastia chinesa.

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O evento, que é celebrado hoje na China Comunista, também será recordado no domingo (10) em Taiwan, onde Sun Yat-sen, o primeiro e efêmero presidente chinês, é considerado o pai da nação.

A ilha de Taiwan, que goza de um sistema democrático, é governada por um poder independente de Pequim desde a vitória dos comunistas sobre o continente em 1949.

A China considera este território como uma de suas províncias. E ameaça usar a força no caso de uma proclamação formal de independência da ilha.

"Alcançar a reunificação da pátria por meios pacíficos é do interesse geral da nação chinesa, incluindo dos compatriotas de Taiwan", declarou Xi Jinping no enorme Palácio do Povo em Pequim, com um retrato de Sun Yat-sen ao fundo.

Apesar de sua rivalidade política e histórica, Pequim e Taipé derivam sua legitimidade da Revolução de 1911. "A reunificação de nosso país pode e será alcançada", garantiu Xi Jinping, alertando contra qualquer interferência estrangeira.

"A questão de Taiwan é um assunto puramente interno da China", insistiu, enquanto Washington admitiu na sexta-feira (8) que treinava em segredo o Exército taiwanês há meses.

Um contingente de cerca de 20 membros das operações especiais e forças convencionais americanas vem conduzindo o treinamento há menos de um ano, segundo informou à AFP um funcionário do Pentágono, sob anonimato.

Os Estados Unidos fornecem armas a Taiwan, incluindo mísseis de defesa e caças, em meio à ameaça de Pequim de retomar o controle da ilha à força e reintegrá-la à China.

Os americanos também têm um compromisso ambíguo de defender Taiwan, que Pequim considera uma província rebelde.

"Ninguém deve subestimar a forte determinação (...) do povo chinês em defender a soberania nacional e a integridade territorial", advertiu Xi neste sábado. A comemoração da Revolução é um dos poucos eventos que unem a China e Taiwan.

A líder da ilha, Tsai Ing-wen, inimiga dos comunistas por suas tendências separatistas, também deve fazer um discurso no domingo por conta do aniversário.

"Aqueles que traem a pátria e dividem o país nunca terminam bem", ameaçou Xi Jinping a respeito dos separatistas taiwaneses.

As comemorações dos acontecimentos de 1911 ocorrem em meio a tensões no Estreito de Taiwan, após a maior incursão nos últimos dias por aviões militares chineses na zona de identificação de defesa aérea da ilha.

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