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Presidente afegão põe pacto de segurança com EUA em risco

Karzai disse que o acordo poderia ser afetado se civis continuassem sendo mortos em ações da Otan


	Tropas da Otan e do Afeganistão: a advertência do líder afegão veio à tona depois que dez crianças e uma mulher foram mortos em um bombardeio da missão aliada
 (Parwiz/Reuters)

Tropas da Otan e do Afeganistão: a advertência do líder afegão veio à tona depois que dez crianças e uma mulher foram mortos em um bombardeio da missão aliada (Parwiz/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 10 de abril de 2013 às 11h30.

Cabul - O presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, afirmou nesta quarta-feira que o acordo de segurança com os EUA posterior à retirada das tropas aliadas em 2014 poderia ser afetado se civis continuassem sendo mortos em ações da Otan.

"A continuação (destes incidentes) poderia impactar as relações entre EUA e Afeganistão e, inclusive, nos esforços por concluir um pacto de segurança bilateral", declarou Karzai ao presidente americano, Barack Obama, em uma conversa telefônica.

Segundo um comunicado oficial, Karzai e Obama abordaram outros assuntos nesta conversa, como as eleições presidenciais no Afeganistão, também prevista para 2014, e o andamento do processo de transição entre as forças internacionais e afegãs.

A advertência do líder afegão veio à tona depois de um triste episódio ocorrido no sábado, quando dez crianças e uma mulher foram mortos em um bombardeio da missão aliada (Isaf) na província oriental de Kunar. No entanto, após o incidente, Karzai chegou a acusar os talibãs de "utilizar a civis como escudos humanos".

A morte de civis em operações da Isaf é um dos pontos de maior atrito achem entre o governo do Afeganistão e a comunidade internacional.

A guerra afegã se encontra em um dos momentos mais sangrentos desde a invasão dos EUA e a queda do regime fundamentalista talibã. As tropas de combate estrangeiras começaram a se retirar em 2011 do país asiático e concluirão esse processo somente no ano que vem.

No entanto, Wasghington e Otan cogitam a possibilidade de manter um contingente indeterminado após o término da operação. 

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