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Premiê romeno é acusado de plagiar tese de doutorado

Victor Ponta acusou o chefe de Estado de estar por trás das acusações e assegurou que renunciará ao título de doutor se a investigação determinar que houve plágio

O primeiro-ministro explicou que pode ter falhado ao mencionar fontes de sua tese apenas na bibliografia final e não nas notas de rodapé das páginas (Flickr/Creative Commons)

O primeiro-ministro explicou que pode ter falhado ao mencionar fontes de sua tese apenas na bibliografia final e não nas notas de rodapé das páginas (Flickr/Creative Commons)

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Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2012 às 14h07.

Bucareste - O primeiro-ministro romeno, Victor Ponta, se mostrou nesta terça-feira disposto a que sua tese de doutorado em Direito seja verificada, depois que dois meios de comunicação estrangeiros contestaram sua autenticidade citando fontes anônimas.

O social-democrata Ponta acusou o chefe de Estado, o conservador Traian Basescu, de estar por trás das acusações e assegurou que renunciará ao título de doutor se a investigação determinar que houve plágio.

"Fiz algo no posto de primeiro-ministro contra os interesses da Romênia? Porque deveria renunciar?", questionou hoje em entrevista coletiva o chefe do governo.

O jornal alemão "Frankfurter Allgemeine Zeitung" e a revista científica "Nature" publicaram na segunda-feira que Ponta copiou vários parágrafos inteiros de outros trabalhos sem citá-los.

O primeiro-ministro explicou que poderia ter falhado ao mencionar essas fontes apenas na bibliografia final e não nas notas de rodapé das páginas.

As acusações de plágio chegam quatro dias depois que o presidente Basescu ironizasse em um discurso público o título de doutor de Ponta.

"Basescu usa a chantagem, a calúnia e os ataques sujos ao passado das pessoas", disse Ponta, que assegura que o chefe do Estado está por trás da acusação.

A relação entre Ponta e Basescu não vive seus melhores dias. O primeiro-ministro reivindicou representar no final de junho seu país no próximo Conselho Europeu, um fórum no qual até agora tinha participado o presidente.

Basescu assegurou que, segundo a Constituição, corresponde ao presidente representar o país no Conselho Europeu.

A apenas oito dias da cúpula, os dois dirigentes insistem que irão a Bruxelas, enquanto somente uma cadeira lhes espera no Conselho Europeu.

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