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Líbia vai mudar gabinete e cortar ministérios após mortes

Centenas tomaram as ruas durante a noite para protestar contra o assassinato de Abdelsalam al-Mosmary, ativista político e crítico da Irmandade Muçulmana

Passeata na Líbia: nessa semana, os protestos se tornaram violentos (AFP / Mahmud Turkia)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de julho de 2013 às 10h23.

Trípoli - O primeiro-ministro da Líbia disse que irá mudar o gabinete e reorganizar o governo para lidar com a situação "urgente" no país na esteira dos assassinatos na cidade de Benghazi, no leste, que desencadearam manifestações violentas.

Centenas tomaram as ruas durante a noite para protestar contra o assassinato de Abdelsalam al-Mosmary, proeminente ativista político e crítico da Irmandade Muçulmana, morto a tiros na sexta-feira após sair da mesquita em Benghazi.

As passeatas se tornaram violentas e neste sábado os manifestantes atacaram os escritórios do partido político da Irmandade Muçulmana em Benghazi e Trípoli, além do quartel-general de uma coalizão política liberal na capital.

Mosmary, um dos primeiros ativistas a ir para as ruas no levante de fevereiro de 2011 na Líbia, era um adversário veemente da Irmandade, cuja ala política islâmica é o segundo maior partido no Congresso Nacional Geral da Líbia. Dois militares também foram mortos em Benghazi na sexta-feira.

O governo da Líbia luta para afirmar sua autoridade sobre grupos armados que ajudaram a depor o líder veterano Muammar Gaddafi em 2011, parte dos levantes da Primavera Árabe, que também derrubou autocratas na Tunísia, no Egito e no Iêmen.

"Estamos prestes a fazer uma reorganização no gabinete e diminuir o número de ministérios para garantir um desempenho melhor para enfrentar a situação urgente", disse Ali Zeidan em coletiva de imprensa, sem dar detalhes.

"O que está acontecendo é uma tentativa de obstruir o progresso do Estado".

Zeidan se referia aos assassinatos em Benghazi, mas não mencionou o ataque aos escritórios dos partidos.

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As passeatas se tornaram violentas e neste sábado os manifestantes atacaram os escritórios do partido político da Irmandade Muçulmana em Benghazi e Trípoli, além do quartel-general de uma coalizão política liberal na capital.

Mosmary, um dos primeiros ativistas a ir para as ruas no levante de fevereiro de 2011 na Líbia, era um adversário veemente da Irmandade, cuja ala política islâmica é o segundo maior partido no Congresso Nacional Geral da Líbia. Dois militares também foram mortos em Benghazi na sexta-feira.

O governo da Líbia luta para afirmar sua autoridade sobre grupos armados que ajudaram a depor o líder veterano Muammar Gaddafi em 2011, parte dos levantes da Primavera Árabe, que também derrubou autocratas na Tunísia, no Egito e no Iêmen.

"Estamos prestes a fazer uma reorganização no gabinete e diminuir o número de ministérios para garantir um desempenho melhor para enfrentar a situação urgente", disse Ali Zeidan em coletiva de imprensa, sem dar detalhes.

"O que está acontecendo é uma tentativa de obstruir o progresso do Estado".

Zeidan se referia aos assassinatos em Benghazi, mas não mencionou o ataque aos escritórios dos partidos.

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