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Premiê da Itália recebe aval e acena com medidas duras

Monti, de 68 anos, disse ao Senado que a sobrevivência do euro depende em parte da realização de reformas radicais na Itália nas próximas semanas

Monti apresentou nesta quinta-feira ao Senado seu programa para salvar o país da crise (Alberto Pizzoli/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de novembro de 2011 às 21h17.

Roma - O primeiro-ministro da Itália , Mario Monti, obteve na quinta-feira um expressivo voto de confiança do Senado, depois de prometer rigor e justiça nas dolorosas reformas necessárias para tirar o país de uma crise financeira que ameaça toda a zona do euro.

Apresentando seu programa de governo antes da votação, Monti, de 68 anos, disse ao Senado que a sobrevivência do euro depende em parte da realização de reformas radicais na Itália nas próximas semanas. A União Europeia enfrenta hoje o maior desafio da sua história, acrescentou.

Monti teve 281 votos favoráveis e 25 votos contrários, todos do partido autonomista Liga Norte. Sua posse deve ser formalizada na sexta-feira com outra votação, na Câmara dos Deputados.

"O governo reconhece que foi formado para resolver uma séria emergência", disse Monti, prometendo reformas - provavelmente impopulares - no sistema de bem estar social, na previdência e no mercado de trabalho.

Monti, nomeado na quarta-feira para substituir o desacreditado Silvio Berlusconi, disse que a Itália corre o risco de ter seu destino decidido por outros países caso não aja por conta própria. Ele alertou que os membros mais vulneráveis da sociedade são os que mais têm a perder.

À frente de um governo de tecnocratas, o economista terá a urgente tarefa de recuperar a confiança dos mercados, depois de o custo da dívida italiana atingir valores quase insustentáveis.

Também na quinta-feira, ele conversou com o presidente da França, Nicolas Sarkozy, e com a chanceler (primeira-ministra) alemã, Angela Merkel, disseram os três líderes em nota.

Em seu pronunciamento de 45 minutos ao Senado, Monti disse que tentará conciliar a redução da dívida pública com o estímulo ao crescimento. Prometeu combater a sonegação tributária, melhorar a educação e a formação profissional, fortalecer os programas sociais e eliminar regras que dão excessiva proteção a alguns trabalhadores, em detrimento de outros, principalmente jovens.

O novo premiê disse que a previdência deverá sofrer mudanças para eliminar disparidades, e sinalizou que o governo pretende recriar um imposto sobre imóveis únicos, que havia sido abolido por Berlusconi.

Monti também quer vender patrimônios estatais e reduzir impostos sobre a mão de obra e a produção, contrabalançando-os com uma maior taxação sobre o consumo.

Uma pesquisa mostrou que 73 por cento dos italianos estão confiantes na capacidade do novo premiê em resolver os problemas italianos. Entre os eleitores do bloco de centro-direita, que dava apoio a Berlusconi, a confiança em Monti é de 60 por cento.

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Roma - O primeiro-ministro da Itália , Mario Monti, obteve na quinta-feira um expressivo voto de confiança do Senado, depois de prometer rigor e justiça nas dolorosas reformas necessárias para tirar o país de uma crise financeira que ameaça toda a zona do euro.

Apresentando seu programa de governo antes da votação, Monti, de 68 anos, disse ao Senado que a sobrevivência do euro depende em parte da realização de reformas radicais na Itália nas próximas semanas. A União Europeia enfrenta hoje o maior desafio da sua história, acrescentou.

Monti teve 281 votos favoráveis e 25 votos contrários, todos do partido autonomista Liga Norte. Sua posse deve ser formalizada na sexta-feira com outra votação, na Câmara dos Deputados.

"O governo reconhece que foi formado para resolver uma séria emergência", disse Monti, prometendo reformas - provavelmente impopulares - no sistema de bem estar social, na previdência e no mercado de trabalho.

Monti, nomeado na quarta-feira para substituir o desacreditado Silvio Berlusconi, disse que a Itália corre o risco de ter seu destino decidido por outros países caso não aja por conta própria. Ele alertou que os membros mais vulneráveis da sociedade são os que mais têm a perder.

À frente de um governo de tecnocratas, o economista terá a urgente tarefa de recuperar a confiança dos mercados, depois de o custo da dívida italiana atingir valores quase insustentáveis.

Também na quinta-feira, ele conversou com o presidente da França, Nicolas Sarkozy, e com a chanceler (primeira-ministra) alemã, Angela Merkel, disseram os três líderes em nota.

Em seu pronunciamento de 45 minutos ao Senado, Monti disse que tentará conciliar a redução da dívida pública com o estímulo ao crescimento. Prometeu combater a sonegação tributária, melhorar a educação e a formação profissional, fortalecer os programas sociais e eliminar regras que dão excessiva proteção a alguns trabalhadores, em detrimento de outros, principalmente jovens.

O novo premiê disse que a previdência deverá sofrer mudanças para eliminar disparidades, e sinalizou que o governo pretende recriar um imposto sobre imóveis únicos, que havia sido abolido por Berlusconi.

Monti também quer vender patrimônios estatais e reduzir impostos sobre a mão de obra e a produção, contrabalançando-os com uma maior taxação sobre o consumo.

Uma pesquisa mostrou que 73 por cento dos italianos estão confiantes na capacidade do novo premiê em resolver os problemas italianos. Entre os eleitores do bloco de centro-direita, que dava apoio a Berlusconi, a confiança em Monti é de 60 por cento.

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