A General Motors anunciou, nesta quarta-feira (14/3), que fechou o último trimestre de 2006 com um lucro de 950 milhões de dólares. De acordo com o americano The New York Times, trata-se do melhor resultado da montadora em mais de dois anos. Segundo o comunicado da empresa, a cifra considera ganhos não-recorrentes, como os gerados pelo programa de reestruturação. Se descontada essa parcela, o lucro líquido cai para 180 milhões de dólares.

O desempenho dos três últimos meses do ano, porém, não foi suficiente para evitar um prejuízo acumulado de 2 bilhões de dólares no acumulado de 2006. Quando considerados os ganhos não-recorrentes, o resultado se transforma em um lucro líquido de 2,2 bilhões. Qualquer que seja o número considerado, o resultado agradou à diretoria da GM, já que, em 2005, os prejuízos alcançaram 10,4 bilhões de dólares. Os números são reflexo do forte plano de resstruturação implantado pela companhia para reverter sua crise. Foram eliminados postos de trabalho, houve demissões em massa e fechamento de fábricas nos Estados Unidos.

Segundo o jornal The New York Times, o presidente e executivo-chefe da empresa, Rick Wagoner, teria ficado satisfeito com os resultados do último ano. "Nós precisávamos que 2006 fosse um grande ano. E foi. O rendimento do ano passado reflete o progresso da GM", disse.

A receita total do ano passado chegou aos 207 bilhões de dólares. No mundo inteiro, foram vendidos 9,1 milhões de veículos fabricados pela GM. Os futuros gastos com a reestruturação da empresa serão pagos com os 26,4 bilhões de dólares, originados da venda de parte das operações e medidas de corte de custos. Sobre o ano de 2007, Wagoner acrescentou que "o impulso que geramos em 2006 continuará este ano e no futuro, temos certeza".