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Prefeito de Roma anuncia volta atrás e desiste de renúncia

Na Itália existe um prazo legal de 20 dias para confirmar ou retirar a denúncia, que venceria em 2 de novembro


	Ignazio Marino anunciou sua renúncia após polêmica de faturas de jantares privados pagos com o cartão de crédito corporativo da prefeitura
 (Stefano Rellandini/Reuters)

Ignazio Marino anunciou sua renúncia após polêmica de faturas de jantares privados pagos com o cartão de crédito corporativo da prefeitura (Stefano Rellandini/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 29 de outubro de 2015 às 15h57.

Roma - O prefeito de Roma, Ignazio Marino, anunciou nesta quinta-feira a retirada de sua renúncia, que apresentou em 12 de outubro após a polêmica surgida pela denúncia de uso indevido dos cartões de crédito oficiais, anunciou ele mesmo em sua conta no Twitter.

Na Itália existe um prazo legal de 20 dias para confirmar ou retirar a denúncia, que venceria em 2 de novembro.

Após o anúncio de que Marino havia voltado atrás na renúncia, dois dos membros da junta municipal, o assessor de Transportes, Stefano Esposito, e o vice-prefeito, Marco Causi, ambos do Partido Democrata (PD), confirmaram suas respectivas demissões.

Na manhã de hoje Marino se reuniu na sede do PD (também do primeiro-ministro, Matteo Renzi) com o comissário do partido na capital, Matteo Orfini.

Nessa reunião, segundo a imprensa, Orfini pediu aos 19 vereadores do PD que renunciassem caso Marino desistisse de deixar o cargo.

A lei italiana diz que a prefeitura deve ser dissolvida quando mais da metade dos seus membros renunciam, o que no caso de Roma exigiria a renúncia de pelo menos 25 legisladores.

Em 20 de outubro Marino disse que tinha prestado depoimento à procuradoria de Roma como "pessoa informada" e garantiu que não estava sendo investigado por desvio de recursos públicos.

O prefeito anunciou sua renúncia após a polêmica causada pelas faturas de jantares supostamente privados pagos com o cartão de crédito corporativo da prefeitura.

O prefeito argumenta que nunca usou dinheiro público e explicou que até em sua última viagem oficial à Nova York, pagou de seu próprio bolsa uma prorrogação da estadia por motivos pessoais.

Durante os últimos dias houve manifestações de apoio e coleta de assinaturas para que Marino permaneça como prefeito, com o argumento de que seus erros foram pontuais e em geral trata-se de um político honesto.

O governo e o ministério de Interior estudaram a nomeação de um comissário extraordinário para a administração da capital italiana até as eleições, previstas para depois de abril do ano que vem. 

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