Mundo

Prefeito de NY pede pausa nos protestos após mortes

Bill de Blasio tentou aliviar tensões com a polícia, pedindo a suspensão dos protestos contra o uso excessivo de força até depois do funeral de policiais mortos

O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, participa de um evento em Manhattan, Nova York (Kevin Hagen/Pool/Reuters)

O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, participa de um evento em Manhattan, Nova York (Kevin Hagen/Pool/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de dezembro de 2014 às 19h47.

Nova York - O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, tentou aliviar as tensões com a polícia da cidade nesta segunda-feira, pedindo a suspensão dos protestos contra o uso excessivo de força até depois do funeral de dois policiais mortos por um atirador no fim de semana.

De Blasio, um democrata que foi duramente criticado por alguns sindicatos de policiais pela sua condução dos protestos contra assassinatos de dois homens negros desarmados, pediu que a cidade estivesse ao lado das famílias dos policiais mortos no sábado.

"É hora para todos nós colocarmos de lado nossos debates políticos, deixar de lado os protestos, deixar de lado todas as coisas sobre as quais falaremos no tempo certo", disse de Blasio em um discurso para uma organização de caridade ligada ao Departamento de Polícia de Nova York. "Vamos confortar essas famílias, vamos acompanhá-las nesses funerais. Depois o debate pode começar." O Departamento de Justiça condenou o ataque, no qual um homem de 28 anos com um histórico problemático surpreendeu dois policiais que estavam de patrulha em seu carro no Brooklyn. O ato teria sido feito, aparentemente, para vingar os assassinatos de dois homens negros desarmados em Ferguson, no Missouri, e na cidade de Nova York. O atirador se matou após o ataque.

Mais cedo nesta segunda-feira, o comissário policial William Bratton exigiu que as tensões se aliviassem depois que alguns policiais acusaram De Blasio de não apoiar suficientemente a polícia.

"Essa questão está realmente indo para linhas partidárias, Republicano/Democrata", disse Bratton ao programa "Today" do canal NBC. "Isso é algo que deveria nos unir, e não nos afastar".

De Blasio havia simpatizado com os manifestantes que tomaram as ruas depois que os jurados se negaram a acusar os policiais brancos pelos assassinatos. De Blasio foi eleito no ano passado com a promessa de avançar no campo dos direitos civis, depois de duas décadas nas quais seus antecessores enfatizaram políticas de lei e ordem que ajudaram Nova York a quebrar sua reputação de cidade violenta.

Vários policiais viraram as costas para De Blasio em protesto quando ele chegou no hospital do Brooklyn, onde os dois policiais foram levados após serem baleados. O sindicato dos policiais disse que o prefeito estava com as mãos sujas de sangue.

De Blasio e Bratton visitaram as famílias dos dois policiais mais cedo nesta segunda-feira.

Investigadores estão checando se o atirador, identificado como Ismaaiyl Brinsley, compareceu a alguns dos protestos contra o uso excessivo de força dos policiais e disseram que o suspeito havia feito comentários contra a polícia na Internet.

Acompanhe tudo sobre:Metrópoles globaisMortesNova YorkPoliciaisProtestosProtestos no mundo

Mais de Mundo

Venezuela expulsa embaixadores de Argentina, Chile e outros países que questionam vitória de Maduro

Protestos contra reeleição de Maduro são registrados em favelas de Caracas: 'Entregue o poder!'

Eleição na Venezuela: Panamá retira diplomatas em Caracas e põe relações bilaterais 'em suspenso'

Trump aceita ser ouvido como vítima pelo FBI em investigação por atentado que sofreu

Mais na Exame