Mundo

Prefeito de Nova York pede celeridade nas emissões de vistos de trabalho para imigrantes

Segundo Andrew Rigie, diretor executivo da Aliança de Hostels de Nova York, somente neste setor, há disponíveis mais de 10 mil postos de trabalho

Desde abril do ano passado, mais de 100 mil solicitantes de asilo chegaram a Nova York (Leandro Fonseca/Exame)

Desde abril do ano passado, mais de 100 mil solicitantes de asilo chegaram a Nova York (Leandro Fonseca/Exame)

Estadão Conteúdo
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 31 de agosto de 2023 às 19h00.

Última atualização em 31 de agosto de 2023 às 19h16.

Diante da crise migratória que assola Nova York, o prefeito Eric Adams urgiu, nesta quinta-feira, 31, ao governo federal que acelere as permissões de trabalho para que os imigrantes acolhidos pela cidade possam se tornar independentes.

"O sonho americano é o direito ao trabalho, o direito a sustentar sua família", disse o prefeito democrata em um evento em uma praça pública no sul de Manhattan, não muito longe da prefeitura, rodeado de funcionários de sua administração, donos de hostels, sindicatos, organizações de caridade e solicitantes de asilo.

"Devemos acelerar os vistos de trabalho. É de senso comum. Há milhares de trabalhos disponíveis que necessitam ser cobertos, para proporcionar os serviços que necessitamos na cidade, no estado e no país", acrescentou.

Postos de trabalho disponíveis

Segundo Andrew Rigie, diretor executivo da Aliança de Hostels de Nova York, somente neste setor, há disponíveis mais de 10 mil postos de trabalho, para os quais "não conseguem encontrar americanos ou um número suficiente de pessoas que estejam atualmente autorizadas a trabalhar para cobri-los".

"Isso está prejudicando as pequenas empresas", reclamou.

"Portanto, não é apenas moralmente correto acelerar as permissões de trabalho, mas também tem um impacto poderoso para ajudar as nossas pequenas empresas que ainda tentam se recuperar da pandemia", disse ele à AFP.

Asilos em Nova York

Desde abril do ano passado, mais de 100 mil solicitantes de asilo chegaram a Nova York, que é obrigada por lei a oferecer abrigo a todos que o solicitem. Desde então, a prefeitura da capital financeira e meca do turismo mundial de 8,5 milhões de habitantes enfrenta uma crise sem precedentes.

Em três anos, a cidade dedicará US$ 12 bilhões (quase R$ 60 bilhões) para enfrentar a crise migratória, anunciou o prefeito no início de agosto.

Atualmente, em torno de 60 mil solicitantes de asilo dependem da prefeitura para dormir, comer, se vestir e colocar seus filhos na escola. A cada semana, chegam mais centenas deles.

As autoridades nova-iorquinas tentam fazer com que o governo federal assuma a responsabilidade pela crise.

Crise imigratória

Na quarta-feira, após as reuniões de Adams em Washington, a governadora do estado, Kathy Hochul, se reuniu com membros da administração democrata para abordar uma "série de medidas imediatas e tangíveis", entre as quais estão as permissões de trabalho, disse em um comunicado após o encontro.

Na segunda-feira, mais de 120 executivos, entre eles Jamie Dimon, do banco JPMorgan Chase, Larry Flink, do fundo de investimentos BlackRock, e Jane Fraser, do Citigroup, enviaram uma carta ao presidente Joe Biden e aos líderes do Congresso para pedir que atendam as demandas de Nova York.

Além dos vistos de trabalho, o prefeito da cidade exige de seus correligionários do governo federal que declarem estado emergência para gerir a crise na fronteira e que os solicitantes de asilo sejam distribuídos equitativamente por todas as cidades do país.

Acompanhe tudo sobre:Nova YorkImigração

Mais de Mundo

Mais de 60 são presos após confronto entre torcedores de Israel e manifestantes na Holanda

Milei tira monopólio em aeroportos e alerta Aerolíneas: “ou privatiza ou fecha”

Sinos da Notre Dame tocam pela primeira vez desde o incêndio de 2019

França busca aliados europeus para ativar veto ao acordo UE-Mercosul