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Prefeito de Florença emerge como beneficiário da eleição

Jovem prefeito Matteo Renzi está emergindo como um beneficiário das eleições após a enorme parcela de voto de protesto

Líder do Partido Democrático italiano, Pierluigi Bersani, (à esquerda) acena ao lado do prefeito de Florença, Matteo Renzi, durante um evento politico em Florença (Max Rossi/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de março de 2013 às 12h57.

Roma - O grande vencedor da eleição na Itália foi o líder populista Beppe Grillo, mas o jovem prefeito de Florença, Matteo Renzi, está emergindo como um beneficiário menos óbvio após a enorme parcela de voto de protesto que ameaça destruir o velho sistema político.

Renzi, de 38 anos, que rodou a Itália em um trailer antes de Grillo fazer o mesmo em sua campanha, é o oposto do atual líder de centro-esquerda, Pier Luigi Bersani, o maior perdedor da eleição de fevereiro.

Enquanto os discursos de Bersani deixam a plateia muitas vezes com sono, Renzi é um orador articulado, elétrico e de fala rápida, que anda pelo palco com as mangas da camisa arregaçadas e abordando os pontos certos para agitar a multidão.

Ele já demonstrou uma inteligência ácida ao zombar de Grillo, um comediante cabeludo mais de 20 anos mais velho que mobilizou a raiva pública contra políticos desacreditados da Itália para fazer de seu partido o mais votado da eleição.

A monótona campanha de Bersani jogou fora uma liderança de 10 pontos da coalizão de centro-esquerda nas pesquisas de opinião para conseguir apenas uma vitória apertada na Câmara dos Deputados, à frente da centro-direita de Silvio Berlusconi, mas sem conseguir o controle do Senado -- essencial para o governo. Nenhum partido tem maioria para governar.

Agora Renzi está à espera de seu momento enquanto Bersani luta para sobreviver, tentando desesperadamente chegar a um acordo com Grillo que lhe permita formar um governo minoritário com o apoio do Movimento 5 Estrelas, liderado pelo ex-comediante.


Com Grillo derramando insultos sobre Bersani em todas as oportunidades, o líder de centro-esquerda, de 61 anos, parece ter apenas uma chance pequena de sucesso, apesar do apoio quase unânime da liderança de seu Partido Democrático (PD).

Renzi, mais favorável ao mercado, desafiou Bersani nas primárias do partido em novembro, ameaçando "eliminar" a velha liderança da Itália. Ele foi duramente derrotado quando a máquina do partido se mobilizou para apoiar o líder. Mas a terrível campanha eleitoral de Bersani abriu caminho para um retorno.

Uma pesquisa de opinião nesta sexta-feira mostrou que Renzi era, de longe, o candidato favorito a primeiro-ministro entre os eleitores italianos, com mais do dobro de apoio do que Grillo.

A pesquisa do instituto SWG mostrou o prefeito de Florença com amplo apelo através dos partidos, com 28 por cento de apoio, contra 14 por cento para Bersani e 13 por cento para Grillo. Berlusconi ganhou 10 por cento e o primeiro-ministro de saída, Mario Monti, 6 por cento.

"Para mim parece impossível que Bersani possa ter sucesso em formar um governo e assim, sinceramente, eu acho que essa tentativa é um erro que não tem chance de dar certo", disse à Reuters um membro do PD no Parlamento próximo ao grupo de Renzi.

Mas Renzi está sendo cauteloso, consciente de que, se ele atacar muito cedo, pode explodir suas chances de ganhar tanto a liderança do partido quanto levar a centro-esquerda à vitória em outra eleição que poderia acontecer apenas daqui a alguns meses -- algo que muitos especialistas acham que é totalmente possível, dada suas habilidades de campanha e apelo com os eleitores, mesmo conservadores.

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Roma - O grande vencedor da eleição na Itália foi o líder populista Beppe Grillo, mas o jovem prefeito de Florença, Matteo Renzi, está emergindo como um beneficiário menos óbvio após a enorme parcela de voto de protesto que ameaça destruir o velho sistema político.

Renzi, de 38 anos, que rodou a Itália em um trailer antes de Grillo fazer o mesmo em sua campanha, é o oposto do atual líder de centro-esquerda, Pier Luigi Bersani, o maior perdedor da eleição de fevereiro.

Enquanto os discursos de Bersani deixam a plateia muitas vezes com sono, Renzi é um orador articulado, elétrico e de fala rápida, que anda pelo palco com as mangas da camisa arregaçadas e abordando os pontos certos para agitar a multidão.

Ele já demonstrou uma inteligência ácida ao zombar de Grillo, um comediante cabeludo mais de 20 anos mais velho que mobilizou a raiva pública contra políticos desacreditados da Itália para fazer de seu partido o mais votado da eleição.

A monótona campanha de Bersani jogou fora uma liderança de 10 pontos da coalizão de centro-esquerda nas pesquisas de opinião para conseguir apenas uma vitória apertada na Câmara dos Deputados, à frente da centro-direita de Silvio Berlusconi, mas sem conseguir o controle do Senado -- essencial para o governo. Nenhum partido tem maioria para governar.

Agora Renzi está à espera de seu momento enquanto Bersani luta para sobreviver, tentando desesperadamente chegar a um acordo com Grillo que lhe permita formar um governo minoritário com o apoio do Movimento 5 Estrelas, liderado pelo ex-comediante.


Com Grillo derramando insultos sobre Bersani em todas as oportunidades, o líder de centro-esquerda, de 61 anos, parece ter apenas uma chance pequena de sucesso, apesar do apoio quase unânime da liderança de seu Partido Democrático (PD).

Renzi, mais favorável ao mercado, desafiou Bersani nas primárias do partido em novembro, ameaçando "eliminar" a velha liderança da Itália. Ele foi duramente derrotado quando a máquina do partido se mobilizou para apoiar o líder. Mas a terrível campanha eleitoral de Bersani abriu caminho para um retorno.

Uma pesquisa de opinião nesta sexta-feira mostrou que Renzi era, de longe, o candidato favorito a primeiro-ministro entre os eleitores italianos, com mais do dobro de apoio do que Grillo.

A pesquisa do instituto SWG mostrou o prefeito de Florença com amplo apelo através dos partidos, com 28 por cento de apoio, contra 14 por cento para Bersani e 13 por cento para Grillo. Berlusconi ganhou 10 por cento e o primeiro-ministro de saída, Mario Monti, 6 por cento.

"Para mim parece impossível que Bersani possa ter sucesso em formar um governo e assim, sinceramente, eu acho que essa tentativa é um erro que não tem chance de dar certo", disse à Reuters um membro do PD no Parlamento próximo ao grupo de Renzi.

Mas Renzi está sendo cauteloso, consciente de que, se ele atacar muito cedo, pode explodir suas chances de ganhar tanto a liderança do partido quanto levar a centro-esquerda à vitória em outra eleição que poderia acontecer apenas daqui a alguns meses -- algo que muitos especialistas acham que é totalmente possível, dada suas habilidades de campanha e apelo com os eleitores, mesmo conservadores.

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