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Preço da alface na Argentina dispara, chega a US$ 7 mil o quilo e fica mais cara que carne bovina

Situação deve permanecer ruim pois produtores perderam estufas devido ao mau tempo

Chuvas intensas em áreas produtores fizeram o preço da alface disparar (Alex Silva / Saúde)
Luiz Anversa

Repórter colaborador

Publicado em 27 de março de 2024 às 08h55.

Depois do anúncio do presidente Javier Milei de que irá cortar 70 mil empregos públicos e que os salários tiveram uma queda história mensal, a Argentina vive um novo drama: o preço da alface.

Segundo o La Nacion, o preço chegou a subir mais de 100% desde a semana passada em algumas quitandas e ultrapassou o quilo da carne bovina. Hoje, alguns lugares estão cobrando mais de US$ 7.000 o quilo

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Esse forte aumento deve-se aos danos causados pelas intensas chuvas nas áreas de produção, que resultaram em perdas consideráveis e escassez de oferta.

Ao La Nacion,  Oscar Liverotti, chefe de informações e estatísticas do Mercado Central de Buenos Aires, explicou que desde a semana passada aalface aumentou mais de 100%. Nesse mercado, a alface capuchina é oferecida atualmente por US$ 2.200 a US$ 2.500 por quilo, a alface crioula por US$ 3.000 e a alface manteiga por US$ 4.000. Enquanto isso, nas lojas de varejo, o preço pode ultrapassar US$ 5.000 em lojas próximas ao mercado, enquanto em outras áreas pode até ultrapassar US$ 7.000 o quilo.

Esse aumento, deve-se, em primeiro lugar, ao fato de que, embora janeiro e fevereiro sejam normalmente meses de alto consumo e baixa produção devido às altas temperaturas, este ano foi particularmente quente em fevereiro, ultrapassando 37 graus. Essa situação causou uma queda na produção.

A situação em Santa Fé é a mesma que em Buenos Aires. Se no início do ano houve uma boa colheita que atendeu à demanda na província, tudo mudou depois de 15 de fevereiro, quando as temperaturas subiram consideravelmente e quase toda a produção de Santa Fé, especialmente a alface, foi queimada. Como não havia produção local, foi preciso trazer verduras de Mendoza e Mar del Plata.

E a situação não deve melhorar tão cedo, já que muitos produtores perderam suas estufas devido ao mau tempo e não poderão reconstruí-las em sua totalidade devido aos custos envolvidos. Com isso, haverá menos oferta, a produção cairá e isso será pago pelo produtor primário e pelo consumidor final.

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