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Praça de São Pedro vira um fervedouro de comentários

Após o primeiro impacto da renúncia do papa, milhares de pessoas e dezenas de jornalistas nacionais e internacionais se dirigiram para a praça

Praça de São Pedro, no Vaticano: a decisão de Bento XVI de deixar seu Pontificado no dia 28 de fevereiro sacudiu Roma e abre agora um período de incógnitas sobre o que vai acontecer a partir do dia 28. (REUTERS World)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

Cidade do Vaticano - O papa Bento XVI , de 85 anos, anunciou nesta segunda-feira que deixará o Pontificado no dia 28 de fevereiro por causa de sua "idade avançada" e por sentir que lhe falta o vigor para continuar exercendo o Ministério.

A Praça de São Pedro, acostumada à chegada de centenas de turistas, peregrinos e fiéis, se transformou hoje em um fervedouro de comentários em relação à decisão tomada pelo pontífice.

A notícia que comoveu Roma, e o próprio Estado Vaticano, foi divulgada pela agência de notícias "Ansa" às 11h46 (horário local) e após o primeiro impacto, milhares de pessoas e dezenas de jornalistas nacionais e internacionais se dirigiram para a praça.

O padre jesuíta e porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, improvisou uma entrevista coletiva na sala de imprensa vaticana, que fica nos limites da praça e ele mesmo reconheceu que "o anúncio pegou a todos de surpresa".

Entradas ao vivo de jornalistas de televisão em frente à praça se misturava com o ir e vir de pessoas desconcertadas que lançavam olhares de incredulidade para a janela do apartamento do papa, de onde surge todos os domingos para abençoar os congregados e fazer a oração do Angelus.

"Não esperávamos. Sempre se pensou que se tratava de um papa sem carisma, um pouco frio, mas de repente nos deixou gelados com esta notícia que dá mostra de uma grande humildade", assegurou à Efe Patricia Renati, de 42 anos, que veio a Roma da Argentina de férias com sua família.


Nos mesmos termos se expressou o jovem sacerdote chileno Carlos Cabezas, de 36, que, aflito, reconheceu que a renúncia do pontífice "é um símbolo inequívoco de humildade e de grande força espiritual".

"Este tipo de gesto nos mostra que a figura do papa não é indestrutível e dá mostra da grande coerência que caracterizou seu Pontificado", acrescentou.

Todas as pessoas que estavam nesta fria e desconfortável manhã na Praça de São Pedro, concordavam que, apesar de Bento XVI não ter alcançado o carisma de seu antecessor, João Paulo II, sua decisão dava mostra de uma visão muito honrada da liderança.

Nestes termos se expressou o padre Sabino Lattancio que, rodeado de jornalistas e de câmeras, explicava suas impressões sobre o anúncio do santo padre.

"É um gesto grandíssimo do qual deveriam aprender muitos incompetentes que se aferram ao cargo, embora seu trabalho já não seja útil para a sociedade à qual servem", comentou Lattancio.

O padre acrescentou que o ainda papa foi "correto, cortês, não muito midiático, mas muito lúcido", lembrando que foi o grande regenerador da Igreja e dizendo que "todos seus irmãos e irmãs continuariam amando-o".

Um grupo de estudantes católicos de Buenos Aires (Argentina) se alegravam com a notícia e qualificavam de "louvável" a decisão do papa.

"Na Argentina se vê Bento XVI como um papa que fez um Pontificado com uma visão mais conservadora e menos afetiva; no entanto, acho que se trata de uma decisão honrada", comentou Hernán Battisti, um dos estudantes argentinos.


A surpresa não foi sofrida unicamente pelos peregrinos e turistas, as lojas de lembranças situadas na Via da Conciliação que leva à Basílica de São Pedro, mostravam abertamente seu desconcerto inclusive, com as próprias mercadorias que têm à venda e que em poucos dias podem ficar obsoletas.

A decisão de Bento XVI de deixar seu Pontificado no dia 28 de fevereiro sacudiu Roma e abre agora um período de incógnitas sobre o que vai acontecer a partir do dia 28, até que se convoque o Conclave para decidir quem será o sucessor do considerado como papa teólogo e reformador da Igreja Católica.

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Cidade do Vaticano - O papa Bento XVI , de 85 anos, anunciou nesta segunda-feira que deixará o Pontificado no dia 28 de fevereiro por causa de sua "idade avançada" e por sentir que lhe falta o vigor para continuar exercendo o Ministério.

A Praça de São Pedro, acostumada à chegada de centenas de turistas, peregrinos e fiéis, se transformou hoje em um fervedouro de comentários em relação à decisão tomada pelo pontífice.

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O padre jesuíta e porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, improvisou uma entrevista coletiva na sala de imprensa vaticana, que fica nos limites da praça e ele mesmo reconheceu que "o anúncio pegou a todos de surpresa".

Entradas ao vivo de jornalistas de televisão em frente à praça se misturava com o ir e vir de pessoas desconcertadas que lançavam olhares de incredulidade para a janela do apartamento do papa, de onde surge todos os domingos para abençoar os congregados e fazer a oração do Angelus.

"Não esperávamos. Sempre se pensou que se tratava de um papa sem carisma, um pouco frio, mas de repente nos deixou gelados com esta notícia que dá mostra de uma grande humildade", assegurou à Efe Patricia Renati, de 42 anos, que veio a Roma da Argentina de férias com sua família.


Nos mesmos termos se expressou o jovem sacerdote chileno Carlos Cabezas, de 36, que, aflito, reconheceu que a renúncia do pontífice "é um símbolo inequívoco de humildade e de grande força espiritual".

"Este tipo de gesto nos mostra que a figura do papa não é indestrutível e dá mostra da grande coerência que caracterizou seu Pontificado", acrescentou.

Todas as pessoas que estavam nesta fria e desconfortável manhã na Praça de São Pedro, concordavam que, apesar de Bento XVI não ter alcançado o carisma de seu antecessor, João Paulo II, sua decisão dava mostra de uma visão muito honrada da liderança.

Nestes termos se expressou o padre Sabino Lattancio que, rodeado de jornalistas e de câmeras, explicava suas impressões sobre o anúncio do santo padre.

"É um gesto grandíssimo do qual deveriam aprender muitos incompetentes que se aferram ao cargo, embora seu trabalho já não seja útil para a sociedade à qual servem", comentou Lattancio.

O padre acrescentou que o ainda papa foi "correto, cortês, não muito midiático, mas muito lúcido", lembrando que foi o grande regenerador da Igreja e dizendo que "todos seus irmãos e irmãs continuariam amando-o".

Um grupo de estudantes católicos de Buenos Aires (Argentina) se alegravam com a notícia e qualificavam de "louvável" a decisão do papa.

"Na Argentina se vê Bento XVI como um papa que fez um Pontificado com uma visão mais conservadora e menos afetiva; no entanto, acho que se trata de uma decisão honrada", comentou Hernán Battisti, um dos estudantes argentinos.


A surpresa não foi sofrida unicamente pelos peregrinos e turistas, as lojas de lembranças situadas na Via da Conciliação que leva à Basílica de São Pedro, mostravam abertamente seu desconcerto inclusive, com as próprias mercadorias que têm à venda e que em poucos dias podem ficar obsoletas.

A decisão de Bento XVI de deixar seu Pontificado no dia 28 de fevereiro sacudiu Roma e abre agora um período de incógnitas sobre o que vai acontecer a partir do dia 28, até que se convoque o Conclave para decidir quem será o sucessor do considerado como papa teólogo e reformador da Igreja Católica.

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