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PP tem ao menos três nomes para substituir Negromonte

Deputados Aguinaldo Ribeiro e Márcio Moreira Alves podem assumir Cidades. Francisco Dornelles, senador e presidente da legenda, é 'plano B'

Mário Negromonte deve ser exonerado nos próximos dias. Será o sétimo ministro a deixar o cargo no governo Dilma por denúncias de corrupção (Elza Fiúza/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 31 de janeiro de 2012 às 13h45.

Dada como certa a demissão do ministro das Cidades, Mário Negromonte, o PP começa o inevitável debate sobre a sucessão na pasta. Aguinaldo Ribeiro (PB), líder da bancada do partido na Câmara, e o também deputado Márcio Reinaldo Moreira (MG) são mencionados como possíveis substitutos. O nome do próprio presidente da legenda, o senador Francisco Dornelles (RJ), é citado por colegas de partido. Mas essa alternativa seria um plano B.

Ribeiro, que está em São Paulo, desconversa quando indagado sobre o assunto e diz que não tratou do tema. A bancada da Câmara não deve se reunir antes de quinta-feira, quando a Casa retoma os trabalhos. Isso não impediria, entretanto, uma decisão mais rápida sobre o novo nome, já que a discussão deve ficar restrita à cúpula do partido. A política petista de entregar ministérios de "porteira fechada" a legendas aliadas deve ser mantida neste caso.

Escândalos - Na berlinda graças a uma sequência de escândalos na pasta, Mário Negromonte deve ser exonerado nos próximos dias. Será o sétimo ministro a deixar o cargo no governo Dilma por denúncias de corrupção .

Nesta quinta-feira, o único compromisso externo na agenda do comandante das Cidades é uma reunião com a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, às 17 horas. Oficialmente, o encontro servirá para discutir a prevenção de desastres naturais em áreas de risco. Mas dificilmente a crise envolvendo o nome de Negromonte ficará fora de pauta.

A presidente Dilma Rousseff, que está em viagem oficial a Cuba e ao Haiti, só volta a Brasília na madrugada de sexta-feira. A tendência é que Mário Negromonte não fique no cargo até o fim da semana. A queda encerraria uma agonia de cinco meses. Desde que VEJA revelou uma tentativa de compra de apoio político operada pelo ministro, em agosto, o ministro tem perdido poder no governo. Era a demissão mais claramente anunciada para 2012. A única surpresa em relação à saída do ministro é, de fato, a demora do Planalto para efetivá-la.

Substituição - O desgaste se acentou nos últimos dias, quando o jornal Folha de S. Paulo mostrou que o ministro participou de ao menos uma reunião com lobistas de uma empresa de informática que, posteriormente, venceria uma concorrência na pasta. O encontro ocorreu antes da abertura da licitação. Dois subordinados de Negromonte foram exonerados: Cássio Peixoto, chefe de gabinete, e João Ubaldo Dantas, chefe da Assessoria Parlamentar.


De acordo com a edição desta terça-feira do jornal O Globo, a presidente Dilma Rousseff já teria acertado com o PP, partido de Negromonte, a substituição do ministro. No encontro estava presente também o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT).

Em viagem a Cuba e ao Haiti, a presidente só deve sacramentar a saída do nono ministro de seu governo quando retornar ao Brasil. Antes de anunciar a demissão de Negromonte, Dilma ainda se reunirá com ele para demonstrar um último sinal de prestígio.

O próprio ministro já está ciente de que seus dias no governo estão contados. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, Negromonte colocou o cargo à disposição de Dilma em encontro com a presidente na Bahia, nesta segunda-feira. A decisão teria surpreendido a presidente, que evitou dar ao ministro uma posição definitiva sobre sua manutenção no cargo. Ainda segundo o jornal, porém, Dilma já avalia nomes do PP para substituí-lo.

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Dada como certa a demissão do ministro das Cidades, Mário Negromonte, o PP começa o inevitável debate sobre a sucessão na pasta. Aguinaldo Ribeiro (PB), líder da bancada do partido na Câmara, e o também deputado Márcio Reinaldo Moreira (MG) são mencionados como possíveis substitutos. O nome do próprio presidente da legenda, o senador Francisco Dornelles (RJ), é citado por colegas de partido. Mas essa alternativa seria um plano B.

Ribeiro, que está em São Paulo, desconversa quando indagado sobre o assunto e diz que não tratou do tema. A bancada da Câmara não deve se reunir antes de quinta-feira, quando a Casa retoma os trabalhos. Isso não impediria, entretanto, uma decisão mais rápida sobre o novo nome, já que a discussão deve ficar restrita à cúpula do partido. A política petista de entregar ministérios de "porteira fechada" a legendas aliadas deve ser mantida neste caso.

Escândalos - Na berlinda graças a uma sequência de escândalos na pasta, Mário Negromonte deve ser exonerado nos próximos dias. Será o sétimo ministro a deixar o cargo no governo Dilma por denúncias de corrupção .

Nesta quinta-feira, o único compromisso externo na agenda do comandante das Cidades é uma reunião com a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, às 17 horas. Oficialmente, o encontro servirá para discutir a prevenção de desastres naturais em áreas de risco. Mas dificilmente a crise envolvendo o nome de Negromonte ficará fora de pauta.

A presidente Dilma Rousseff, que está em viagem oficial a Cuba e ao Haiti, só volta a Brasília na madrugada de sexta-feira. A tendência é que Mário Negromonte não fique no cargo até o fim da semana. A queda encerraria uma agonia de cinco meses. Desde que VEJA revelou uma tentativa de compra de apoio político operada pelo ministro, em agosto, o ministro tem perdido poder no governo. Era a demissão mais claramente anunciada para 2012. A única surpresa em relação à saída do ministro é, de fato, a demora do Planalto para efetivá-la.

Substituição - O desgaste se acentou nos últimos dias, quando o jornal Folha de S. Paulo mostrou que o ministro participou de ao menos uma reunião com lobistas de uma empresa de informática que, posteriormente, venceria uma concorrência na pasta. O encontro ocorreu antes da abertura da licitação. Dois subordinados de Negromonte foram exonerados: Cássio Peixoto, chefe de gabinete, e João Ubaldo Dantas, chefe da Assessoria Parlamentar.


De acordo com a edição desta terça-feira do jornal O Globo, a presidente Dilma Rousseff já teria acertado com o PP, partido de Negromonte, a substituição do ministro. No encontro estava presente também o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT).

Em viagem a Cuba e ao Haiti, a presidente só deve sacramentar a saída do nono ministro de seu governo quando retornar ao Brasil. Antes de anunciar a demissão de Negromonte, Dilma ainda se reunirá com ele para demonstrar um último sinal de prestígio.

O próprio ministro já está ciente de que seus dias no governo estão contados. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, Negromonte colocou o cargo à disposição de Dilma em encontro com a presidente na Bahia, nesta segunda-feira. A decisão teria surpreendido a presidente, que evitou dar ao ministro uma posição definitiva sobre sua manutenção no cargo. Ainda segundo o jornal, porém, Dilma já avalia nomes do PP para substituí-lo.

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