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Portugal pode suportar atual pressão sobre dívida, diz governo

Segundo o ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, taxa média de toda a dívida portuguesa "é relativamente baixa e pouco significativa"

José Sócrates, primeiro-ministro de Portugal: rumores agravam situação do país (Pierre-Philippe Marcou/AFP)
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Da Redação

Publicado em 11 de janeiro de 2011 às 12h56.

Lisboa - O Executivo português considera que Portugal é capaz de "suportar" a atual pressão dos mercados sobre sua dívida soberana, pela qual o país pagou recentemente juros de 7%.

A afirmação é do ministro de Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, em declarações à imprensa. Ele explicou que "a taxa média de toda a dívida portuguesa é relativamente baixa" e "pouco significativa".

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Na sua opinião, é de vital importância suportar os juros altos "para dar o tempo necessário para que Portugal possa mostrar os resultados - das medidas de ajuste aprovadas pelo Governo - não só de 2010, mas também de 2011".

"É a Europa a que parece que não está fazendo seu trabalho para manter a estabilidade do euro", advertiu o ministro.

Santos falou à imprensa pouco depois do primeiro-ministro, José Sócrates, para desmentir que Portugal pense em recorrer à ajuda externa e frear as especulações.

Sócrates criticou os "rumores" sobre este resgate financeiro e destacou que "agravam" a situação do país e só servem para ajudar aos especuladores.

O dirigente socialista insistiu que Portugal conseguiu em 2010 crescer economicamente acima do esperado - 1,4%, o dobro do previsto - e reduzir o déficit em mais de dois pontos, para situá-lo abaixo de 7,3%, sinais positivos sobre o estado de sua economia.

Santos ressaltou ainda que a melhoria no resultado da execução orçamentária de 2010, anunciada também nesta terça-feira, "minimiza a necessidade" de recorrer ao fundo de pensões de Portugal Telecom (PT) como medida extraordinária para obter receitas.

Sobre o leilão de dívida pública portuguesa prevista para esta quarta-feira, classificado pelos analistas como decisivo, o ministro garantiu estar tranquilo e que apesar das condições do mercado terem se agravado, a demanda sobre os bônus portugueses foi "mais do que suficiente" nas últimas emissões.

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