Mundo

Poroshenko propõe chefe da Guarda Nacional como ministro

O presidente ucraniano propôs a candidatura do chefe da Guarda Nacional ao cargo de ministro da Defesa


	Petro Poroshenko: nomeação deve ser aprovada no parlamento
 (Philippe Desmazes/AFP)

Petro Poroshenko: nomeação deve ser aprovada no parlamento (Philippe Desmazes/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de outubro de 2014 às 12h55.

Kiev - O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, propôs à Rada Suprema (parlamento) nesta segunda-feira a candidatura do chefe da Guarda Nacional, o general coronel Stepan Poltorak, ao cargo de ministro da Defesa.

Segundo a Constituição ucraniana, a nomeação do ministro da Defesa deve ser aprovada no parlamento por maioria absoluta, ou seja, necessita do respaldo de, pelo menos, 226 legisladores.

Na véspera, Poroshenko aceitou a renúncia do general Valeri Gueletei à frente do Ministério da Defesa, após pouco mais de três meses no cargo, que coincidiram com a fase mais turbulenta do conflito armado com os separatistas pró-Rússia nas regiões orientais do país.

O chefe de Estado reforçou em reunião com Poltorak que o elegeu para liderar a pasta da Defesa por seu trabalho para criar "praticamente desde zero" a Guarda Nacional e pela disciplina e a disposição combativa das tropas a seu comando.

"Falei com generais, com soldados, com comandantes. As conversas com eles me convenceram que minha escolha é acertada", disse Poroshenko, citado pelo escritório de imprensa da presidência ucraniana.

Ele reforçou que atualmente o exército da Ucrânia vive um novo cenário.

"Estamos implementando um plano de paz, construímos uma defesa sólida e escalonada da Ucrânia, reformamos o sistema logístico das tropas", explicou Poroshenko.

Ele agradeceu ao chefe de Estado a confiança e acrescentou que considera um grande honra liderar as Forças Armadas em um momento tão difícil para o país.

"Um exército forte é uma garantia de paz, e eu farei todo o possível por que nosso exército seja forte, rápido, eficaz e esteja bem apetrechado", disse o general de 49 anos.

O candidato a ministro da Defesa foi comandante-em-chefe das tropas do Interior da Ucrânia, cargo ao que foi designado em fevereiro deste ano, dias depois que uma revolta popular derrubou o presidente Viktor Yanukovich, atualmente refugiado na Rússia.

No mês seguinte, após a reestruturação das tropas do Interior, reconvertidas na Guarda Nacional, Poltorak foi nomeado à frente deste novo corpo armado, ao qual se incorporaram vários ativistas que participaram da sublevação contra Yanukovich.

A decisão de Poroshenko de designar Poltorak à frente da Defesa foi recebida com desgosto pelos separatistas pró-Rússia que atuam no leste da Ucrânia.

"Se (Poltorak) for confirmado no cargo, isso terá uma influência negativa no processo de acerto pacífico", disse à agência russa "Interfax" o vice-primeiro-ministro do autoproclamada república de Donetsk, Andrei Purgin.

A Guarda Nacional foi o corpo armado mais combativo das forças governamentais no conflito nas regiões orientais do país.

Acompanhe tudo sobre:Crise políticaGovernoUcrânia

Mais de Mundo

Lula encontra Guterres e defende continuidade do G20 Social

Venezuela liberta 10 detidos durante protestos pós-eleições

Zelensky quer que guerra contra Rússia acabe em 2025 por 'meios diplomáticos'

Macron espera que Milei se una a 'consenso internacional' antes da reunião de cúpula do G20