Exame Logo

Poroshenko afirma que acordos de paz de Minsk funcionam

Líder ucraniano garante que conflito não foi solucionado, mas disse que estatísticas de violações do cessar-fogo provam validade dos acordos

Presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko: "Ontem, anteontem e hoje não houve um só disparo. Aconteceu um incidente na região de Lugansk, um combate fora da linha de separação forças" (Valentyn Ogirenko/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de setembro de 2015 às 12h16.

Kiev - O presidente da Ucrânia , Petro Poroshenko, afirmou nesta quarta-feira que os Acordos de paz de Minsk para a solução do conflito no leste do país "funcionam", e disse ser testemunha do cumprimento nos últimos dias do regime de cessar-fogo.

"Os Acordos de Minsk funcionam. Quem precisa se convencer disso deve dar uma olhada nas estatísticas de violações do cessar-fogo", disse o chefe do Estado em reunião do Conselho de Desenvolvimento Regional.

Pela primeira vez em ano e meio de conflito não há ataques na linha de separação de forças, afirmou.

"Ontem, anteontem e hoje não houve um só disparo. Aconteceu um incidente na região de Lugansk, um combate fora da linha de separação forças e o inimigo pagou caro por isso", revelou Poroshenko.

Ele arremeteu com dureza contra os parlamentares ucranianos que criticam o plano de paz para as regiões orientais do país.

"Lamento muito que a energia patriótica de várias dezenas de deputados tenha se esgotado tão rápido. Os críticos dos Acordos de Minsk que se escandalizaram não foram aos cantões de recrutamento para demonstrar com fatos, e não com palavras, que é um erro apostar pela solução política", alfinetou Poroshenko.

Ao mesmo tempo, o líder ucraniano garantiu que não se trata de ver a vida em cor de rosa, e que "é preciso fortalecer o exército e estar preparado para a ruptura dos acordos".

"Se Moscou decidir enterrar os Acordos de Minsk, teremos que voltar a estudar o conteúdo das emendas à Constituição", disse Poroshenko, em referência em alusão às remodelações sobre a descentralização do país, um dos pontos do plano de paz aprovado na capital bielorrussa em fevereiro deste ano.

Na reunião, o presidente ucraniano assinou um decreto para garantir a realização de eleições locais, convocadas pela Rada Suprema (parlamento), para 25 de outubro.

"Estou a favor de que as eleições aconteçam em todas partes, exceto em áreas que estão diretamente na linha de confronto, onde existe o risco de tiroteios e onde não podemos defender o povo", ressaltou.

Segundo Poroshenko, a eleição nessas regiões acontecerão depois que a situação se estabilizar.

Os separatistas pró-Rússia das autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk anunciaram eleições locais de acordo com suas próprias normas para 18 de outubro e 1º de novembro, respectivamente.

Kiev acusa os separatistas de descumprirem os Acordos Minsk, que estes estipulam que as eleições locais devem acontecer de acordo com a legislação ucraniana.

Segundo os últimos dados da ONU, cerca de oito mil pessoas, entre civis e combatentes, morreram no leste da Ucrânia desde a explosão do conflito, em abril de 2014.

Veja também

Kiev - O presidente da Ucrânia , Petro Poroshenko, afirmou nesta quarta-feira que os Acordos de paz de Minsk para a solução do conflito no leste do país "funcionam", e disse ser testemunha do cumprimento nos últimos dias do regime de cessar-fogo.

"Os Acordos de Minsk funcionam. Quem precisa se convencer disso deve dar uma olhada nas estatísticas de violações do cessar-fogo", disse o chefe do Estado em reunião do Conselho de Desenvolvimento Regional.

Pela primeira vez em ano e meio de conflito não há ataques na linha de separação de forças, afirmou.

"Ontem, anteontem e hoje não houve um só disparo. Aconteceu um incidente na região de Lugansk, um combate fora da linha de separação forças e o inimigo pagou caro por isso", revelou Poroshenko.

Ele arremeteu com dureza contra os parlamentares ucranianos que criticam o plano de paz para as regiões orientais do país.

"Lamento muito que a energia patriótica de várias dezenas de deputados tenha se esgotado tão rápido. Os críticos dos Acordos de Minsk que se escandalizaram não foram aos cantões de recrutamento para demonstrar com fatos, e não com palavras, que é um erro apostar pela solução política", alfinetou Poroshenko.

Ao mesmo tempo, o líder ucraniano garantiu que não se trata de ver a vida em cor de rosa, e que "é preciso fortalecer o exército e estar preparado para a ruptura dos acordos".

"Se Moscou decidir enterrar os Acordos de Minsk, teremos que voltar a estudar o conteúdo das emendas à Constituição", disse Poroshenko, em referência em alusão às remodelações sobre a descentralização do país, um dos pontos do plano de paz aprovado na capital bielorrussa em fevereiro deste ano.

Na reunião, o presidente ucraniano assinou um decreto para garantir a realização de eleições locais, convocadas pela Rada Suprema (parlamento), para 25 de outubro.

"Estou a favor de que as eleições aconteçam em todas partes, exceto em áreas que estão diretamente na linha de confronto, onde existe o risco de tiroteios e onde não podemos defender o povo", ressaltou.

Segundo Poroshenko, a eleição nessas regiões acontecerão depois que a situação se estabilizar.

Os separatistas pró-Rússia das autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk anunciaram eleições locais de acordo com suas próprias normas para 18 de outubro e 1º de novembro, respectivamente.

Kiev acusa os separatistas de descumprirem os Acordos Minsk, que estes estipulam que as eleições locais devem acontecer de acordo com a legislação ucraniana.

Segundo os últimos dados da ONU, cerca de oito mil pessoas, entre civis e combatentes, morreram no leste da Ucrânia desde a explosão do conflito, em abril de 2014.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaCrimeiaEuropaRússiaUcrânia

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame