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Por que George Clooney quer por o Sudão em evidência

Astro hollywoodiano e ativista, George Clooney deu pelo menos quatro razões pelas quais valeu a pena ser preso em prol do Sudão

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 16 de março de 2012 às 18h22.

São Paulo – Ao sair da cadeia no fim da tarde de hoje, o ator americano George Clooney, preso horas antes, explicou suas razões para ter ido parar atrás das grades. “O que tentamos fazer hoje foi atrair atenção para uma emergência (no Sudão). Parece que um jeito para conseguir isso foi ser preso”, disse Clooney durante entrevista coletiva.

Há anos que o ator defende a causa do país africano, que vive uma tensão social ininterrupta. Na manhã de hoje, durante uma manifestação na frente da embaixada do Sudão, em Washington D.C., Clooney foi preso por desobediência civil. Segundo ele, valeu a pena ter “o primeiro registro na ficha criminal” em prol dos sudaneses. Na coletiva, registrada pela rede de notícias canadense CBC News, ele explicou suas razões:

Violência aleatória

Clooney acaba de voltar de uma viagem que fez com seu pai, o jornalista Nick Clooney, para o Sudão. De acordo com o ator, o país está mergulhado no terror e em atos aleatórios de violência. “Há pessoas morrendo todos os dias. Em um mês e meio, 34 pessoas morreram em apenas uma vila e mais de 500 ficaram feridas. O governo faz bombardeios aleatórios e os alvos são civis, as bombas não são lançadas em territórios militares”, afirmou. No fim do protesto de hoje, antes de ser preso, Clooney disse que participou da manifestação para pedir ao governo sudanês que “simplesmente pare de matar aleatoriamente crianças e mulheres inocentes”.

Fome

O ator disse que, por causa dos bombardeios, centenas de famílias estão sendo “sufocadas”, pressionadas a deixarem suas casas. “Mas eles não abandonam as terras, apenas se escondem temporariamente nas cavernas durante o período de bombardeios. Neste meio tempo, eles não conseguem cultivar suas terras e, quando o fazem, as fazendas acabam sendo queimadas. O que enfrentamos agora é a possibilidade iminente de centenas de milhares de pessoas morrerem de fome”, afirmou durante a entrevista.

Governo

O ator faz questão de frisar sua opinião de que os problemas dos sudaneses têm uma origem comum: o governo. Ele acusa o presidente do país, Omar al-Bashir, o oficial Ahmad Harun e o ministro da defesa, Abdelrahim Hussein de orquestrarem massacres sistemáticos na área. Em 2009, a Corte Penal Internacional emitiu um mandado de prisão contra o presidente Omar al-Bashir sob acusações de genocídio, mas a União Africana ignorou o fato. Desde então, Bashir tem conseguido circular livremente pelo continente.

Falta de apoio

Há meses Clooney empreende uma cruzada para convencer líderes de potências mundiais a intervir nos problemas no Sudão. Na última quarta-feira, o astro teve um encontro com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Clooney pediu ao presidente maiores esforços para levar ajuda humanitária aos refugiados sudaneses. Segundo o jornal britânico The Guardian, o ator pediu também a Obama que pressione a China, para que o país asiático force o governo sudanês a abrir suas fronteiras ao sul para a entrada de forças humanitárias.

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São Paulo – Ao sair da cadeia no fim da tarde de hoje, o ator americano George Clooney, preso horas antes, explicou suas razões para ter ido parar atrás das grades. “O que tentamos fazer hoje foi atrair atenção para uma emergência (no Sudão). Parece que um jeito para conseguir isso foi ser preso”, disse Clooney durante entrevista coletiva.

Há anos que o ator defende a causa do país africano, que vive uma tensão social ininterrupta. Na manhã de hoje, durante uma manifestação na frente da embaixada do Sudão, em Washington D.C., Clooney foi preso por desobediência civil. Segundo ele, valeu a pena ter “o primeiro registro na ficha criminal” em prol dos sudaneses. Na coletiva, registrada pela rede de notícias canadense CBC News, ele explicou suas razões:

Violência aleatória

Clooney acaba de voltar de uma viagem que fez com seu pai, o jornalista Nick Clooney, para o Sudão. De acordo com o ator, o país está mergulhado no terror e em atos aleatórios de violência. “Há pessoas morrendo todos os dias. Em um mês e meio, 34 pessoas morreram em apenas uma vila e mais de 500 ficaram feridas. O governo faz bombardeios aleatórios e os alvos são civis, as bombas não são lançadas em territórios militares”, afirmou. No fim do protesto de hoje, antes de ser preso, Clooney disse que participou da manifestação para pedir ao governo sudanês que “simplesmente pare de matar aleatoriamente crianças e mulheres inocentes”.

Fome

O ator disse que, por causa dos bombardeios, centenas de famílias estão sendo “sufocadas”, pressionadas a deixarem suas casas. “Mas eles não abandonam as terras, apenas se escondem temporariamente nas cavernas durante o período de bombardeios. Neste meio tempo, eles não conseguem cultivar suas terras e, quando o fazem, as fazendas acabam sendo queimadas. O que enfrentamos agora é a possibilidade iminente de centenas de milhares de pessoas morrerem de fome”, afirmou durante a entrevista.

Governo

O ator faz questão de frisar sua opinião de que os problemas dos sudaneses têm uma origem comum: o governo. Ele acusa o presidente do país, Omar al-Bashir, o oficial Ahmad Harun e o ministro da defesa, Abdelrahim Hussein de orquestrarem massacres sistemáticos na área. Em 2009, a Corte Penal Internacional emitiu um mandado de prisão contra o presidente Omar al-Bashir sob acusações de genocídio, mas a União Africana ignorou o fato. Desde então, Bashir tem conseguido circular livremente pelo continente.

Falta de apoio

Há meses Clooney empreende uma cruzada para convencer líderes de potências mundiais a intervir nos problemas no Sudão. Na última quarta-feira, o astro teve um encontro com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Clooney pediu ao presidente maiores esforços para levar ajuda humanitária aos refugiados sudaneses. Segundo o jornal britânico The Guardian, o ator pediu também a Obama que pressione a China, para que o país asiático force o governo sudanês a abrir suas fronteiras ao sul para a entrada de forças humanitárias.

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