Joe Biden, durante debate na CNN, em junho (AFP)
Estagiária de jornalismo
Publicado em 1 de novembro de 2024 às 15h16.
Última atualização em 1 de novembro de 2024 às 15h27.
Em 21 de julho, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou que não iria concorrer à reeleição em 2024. A decisão foi justificada como uma escolha pelo bem do partido e do país.
“Foi a maior honra da minha vida servir como seu presidente. E embora minha intenção fosse buscar a reeleição, acredito que é do interesse do meu partido e do país que eu renuncie e me concentre exclusivamente em cumprir minhas funções como presidente pelo resto do meu mandato”, escreveu.
Biden, de 81 anos, já havia vencido as primárias do partido, sem dificuldade, mas era alvo de dúvidas sobre sua capacidade cognitiva e física para governar por mais quatro anos. Os questionamentos pioraram após o democrata ir mal em um debate contra o republicano, em junho.
Depois do mau desempenho no programa, líderes democratas expressaram temor sobre o impacto de uma campanha de Biden nas eleições. Membros do partido tiveram receio de que, sem uma renovação, os democratas perderiam terreno para os republicanos, colocando em risco não apenas a Presidência, mas também cadeiras no Congresso.
A desistência de Biden aconteceu a menos de quatro meses das eleições presidenciais, o que levou o Partido Democrata a uma corrida contra o tempo para reorganizar sua chapa presidencial.
Kamala Harris, vice-presidente, assegurou a nomeação para ser a candidata democrata em poucos dias. Ela foi confirmada como candidata no começo de agosto, antes da Convenção Nacional Democrata.