Mundo

Por medo de 2ª onda de coronavírus, lockdown volta em província da China

Na China, a província de Jilin registrou novos casos de transmissão local de convid-19 e agora é considerada uma região de alto risco

China volta a impor medidas de lockdown em Jilin: província passou a ser considerada uma região de alto risco para coronavírus (cnsphoto/Reuters)

China volta a impor medidas de lockdown em Jilin: província passou a ser considerada uma região de alto risco para coronavírus (cnsphoto/Reuters)

Gabriela Ruic

Gabriela Ruic

Publicado em 18 de maio de 2020 às 12h34.

Última atualização em 18 de maio de 2020 às 15h10.

A China renovou medidas de lockdown, a mais rígida forma de isolamento social, após o temor de uma segunda onda do novo coronavírus na província de Jilin, localizada na região nordeste do país.

De acordo com informações da Bloomberg, o transporte público está suspenso, assim como as aulas nas escolas. Cerca de 108 milhões de pessoas em milhares de vilarejos e cidades foram afetadas. Nos prédios com casos confirmados ou suspeitos de coronavírus, apenas uma pessoa da família terá permissão para deixar as suas premissas para compra de alimentos ou medicamentos a cada dois dias e por apenas duas horas.

De acordo com a agência de notícias Xinhua, dois novos casos da covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, foram registrados em Jilin no último domingo (17). O total de casos considerados transmissões locais é de 127. Ainda segundo o veículo, 103 dessas pessoas já estão recuperadas, 22 estão em tratamento e duas morreram. 1.117 pessoas estão sendo monitoradas.

Os números fizeram com que a província de Jilin passasse a ser designada uma área de alto risco no último dia 17, deixando o status intermediário. Ao mesmo tempo, o partido que rege o país trocou a liderança do braço em Jilin e levou sua vice-premiê, Sun Chunlan, que liderou os esforços contra o novo coronavírus em Wuhan, cidade na qual a doença surgiu, para uma visita à região.

Criticada por ter demorado em agir aos primeiros sinais da pandemia, a China continua a monitorar de perto os desobramentos da crise de saúde pública. Na última sexta-feira (15), o país comemorou um mês sem registrar qualquer morte por covid-19 e, em Wuhan foi iniciado um processo de testagem em massa em milhões de residentes.

A situação em Jilin, no entanto, mostra a delicadeza por trás das estratégias de controle da pandemia do novo coronavírus. Embora a China tenha conseguido achatar a curva de novos casos e de mortes desde o início da pandemia, o que possibilitou uma retomada das suas engrenagens econômicas, o “retorno ao normal” dá sinais de que irá demorar para se concretizar. Todo o cuidado é pouco.

Acompanhe tudo sobre:ChinaCoronavírusEpidemiasOMS (Organização Mundial da Saúde)

Mais de Mundo

Yamandú Orsi, da coalizão de esquerda, vence eleições no Uruguai, segundo projeções

Mercosul precisa de "injeção de dinamismo", diz opositor Orsi após votar no Uruguai

Governista Álvaro Delgado diz querer unidade nacional no Uruguai: "Presidente de todos"

Equipe de Trump já quer começar a trabalhar em 'acordo' sobre a Ucrânia