Pompeo diz que EUA nunca irão reconhecer anexação da Crimeia
Secretário de Estado afirmou que EUA continuarão a insistir que o território da Ucrânia seja restaurado
EFE
Publicado em 25 de julho de 2018 às 15h59.
Última atualização em 25 de julho de 2018 às 17h20.
Washington - Os Estados Unidos voltaram a afirmar nesta quarta-feira que são contrários à anexação da península da Crimeia pela Rússia em março de 2014, um posicionamento reiterado depois da cúpula entre os presidentes americano, Donald Trump, e russo, Vladimir Putin, em Helsinque, na Finlândia.
A declaração foi feita pelo secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, que dará explicações sobre a recente cúpula ainda hoje em uma audiência no Comitê de Relações Exteriores do Senado.
"Os EUA rejeitam a tentativa da Rússia de anexar a Crimeia e se comprometem a manter essa política até que a integridade territorial da Ucrânia seja restaurada", destacou Pompeo.
O chefe da diplomacia americana citou a Declaração Welles de 1940, assinada pelo então secretário de Estado americano, Sumner Welles, na qual os EUA também se opuseram à incorporação forçada dos países bálticos à União Soviética (URSS).
"Como fizemos com a declaração de Welles em 1940, os EUA reafirmam como política a negativa de reconhecer as reivindicações de soberania do Kremlin sobre territórios confiscados pela força e em contradição com o direito internacional", afirmou.
Durante o encontro em Helsinque, Trump e Putin conversaram sobre a situação da Crimeia , mas detalhes do diálogo não foram divulgados.
Em entrevista coletiva após a cúpula, o presidente russo afirmou que sabe a posição de Trump sobre a questão.
"Nós temos outro ponto de vista. Consideramos que um referendo foi feito, de acordo com as leis internacionais. Para nós, essa é uma questão fechada", indicou o presidente russo.
Apesar da declaração de Putin , alguns observadores internacionais temem que Trump mude a posição oficial dos EUA sobre a Crimeia. Durante a cúpula do G7 em junho, o presidente americano chegou a dizer que a região deveria ficar sob o comando do Kremlin porque todos falam russo na península.
Putin assinou o documento de anexação da Crimeia em 18 de março de 2014. A decisão foi condenada de forma unânime pelos países do Ocidente, que reagiram aplicando sanções econômicas à Rússia.