Policial que matou Brown diz ter a consciência tranquila
Darren Wilson disse que voltaria a agir do mesmo modo já que o fez para salvar sua vida
Da Redação
Publicado em 26 de novembro de 2014 às 05h47.
Washington - Darren Wilson, o policial que matou o jovem negro Michael Brown em Ferguson, nos Estados Unidos disse nesta terça-feira que sente muito pelo ocorrido, mas está com "a consciência tranquila" e voltaria a agir do mesmo modo já que o fez para salvar sua vida.
"A pergunta que ocupava minha mente era: como vou sobreviver?", explicou Wilson em entrevista à emissora "ABC" um dia depois da decisão do grande júri do condado de Saint Louis, no estado do Missouri, de que não há provas suficientes para incriminá-lo pela morte de Brown.
Wilson, branco e com 28 anos, matou Brown, negro e de 18, com vários disparos no dia 9 de agosto, quando o adolescente estava desarmado e em circunstâncias que ainda não foram esclarecidas.
O caso provocou uma onda de tensão racial que levou a distúrbios com saques e ações de vandalismo, uma violência que voltou ontem à pequena cidade de pouco mais de 20 mil habitantes após a leitura da decisão do júri.
"Naquele momento me perguntei, posso matar este menino? Legalmente, posso? E respondi a mim mesmo: tenho que fazê-lo, se não, ele me matará se me alcançar", relatou o agente.
Wilson afirma que Brown o agrediu e tentou pegar sua arma, um relato que contradiz a versão de outras testemunhas, entre eles um amigo que acompanhava o jovem.
Segundo essas testemunhas, Wilson disparou várias vezes contra Brown, quando este estava desarmado e com as os braços levantados, o gesto utilizado agora como símbolo dos protestos, acompanhado do grito "não atire!".
O grande júri do condado de Saint Louis concluiu que não que não existe "causa provável" para incriminar Wilson pela morte de Brown depois de ouvir a versão de 60 testemunhas e do próprio policial.
Caso fosse processado, Wilson poderia pegar penas de quatro anos de prisão, por homicídio culposo, até prisão perpétua ou pena de morte, por assassinato em primeiro grau.
O grande júri determina se há provas suficientes para apresentar acusações contra uma pessoa, por isso, após sua decisão, o caso de Wilson está encerrado por essa via.
No entanto, continua a dupla investigação independente do Departamento de Justiça sobre se, por um lado, houve violação dos direitos civis no caso de Brown, e, por outro, se a polícia local mantém práticas discriminatórias, explicou hoje o procurador-geral, Eric Holder. EFE
Washington - Darren Wilson, o policial que matou o jovem negro Michael Brown em Ferguson, nos Estados Unidos disse nesta terça-feira que sente muito pelo ocorrido, mas está com "a consciência tranquila" e voltaria a agir do mesmo modo já que o fez para salvar sua vida.
"A pergunta que ocupava minha mente era: como vou sobreviver?", explicou Wilson em entrevista à emissora "ABC" um dia depois da decisão do grande júri do condado de Saint Louis, no estado do Missouri, de que não há provas suficientes para incriminá-lo pela morte de Brown.
Wilson, branco e com 28 anos, matou Brown, negro e de 18, com vários disparos no dia 9 de agosto, quando o adolescente estava desarmado e em circunstâncias que ainda não foram esclarecidas.
O caso provocou uma onda de tensão racial que levou a distúrbios com saques e ações de vandalismo, uma violência que voltou ontem à pequena cidade de pouco mais de 20 mil habitantes após a leitura da decisão do júri.
"Naquele momento me perguntei, posso matar este menino? Legalmente, posso? E respondi a mim mesmo: tenho que fazê-lo, se não, ele me matará se me alcançar", relatou o agente.
Wilson afirma que Brown o agrediu e tentou pegar sua arma, um relato que contradiz a versão de outras testemunhas, entre eles um amigo que acompanhava o jovem.
Segundo essas testemunhas, Wilson disparou várias vezes contra Brown, quando este estava desarmado e com as os braços levantados, o gesto utilizado agora como símbolo dos protestos, acompanhado do grito "não atire!".
O grande júri do condado de Saint Louis concluiu que não que não existe "causa provável" para incriminar Wilson pela morte de Brown depois de ouvir a versão de 60 testemunhas e do próprio policial.
Caso fosse processado, Wilson poderia pegar penas de quatro anos de prisão, por homicídio culposo, até prisão perpétua ou pena de morte, por assassinato em primeiro grau.
O grande júri determina se há provas suficientes para apresentar acusações contra uma pessoa, por isso, após sua decisão, o caso de Wilson está encerrado por essa via.
No entanto, continua a dupla investigação independente do Departamento de Justiça sobre se, por um lado, houve violação dos direitos civis no caso de Brown, e, por outro, se a polícia local mantém práticas discriminatórias, explicou hoje o procurador-geral, Eric Holder. EFE