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Policial é detido pela morte de adolescente na Venezuela

Policial foi detido acusado de ter envolvimento em morte de adolescente de 14 anos durante protesto na Venezuela


	Corpo do estudante Kliver Roa, de 14 anos, é carregado após morte durante protesto em San Cristobal, na Venezuela
 (Stringer/Reuters)

Corpo do estudante Kliver Roa, de 14 anos, é carregado após morte durante protesto em San Cristobal, na Venezuela (Stringer/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2015 às 23h05.

Caracas - Um policial foi detido na tarde desta terça-feira acusado de ter envolvimento na morte de um jovem de 14 anos na cidade venezuelana de San Cristóbal, no estado de Táchira, durante uma manifestação, informou a ministra de Interior, Carmen Meléndez.

"Foi detido um oficial da Polícia Nacional Bolivariana (PNB) supostamente envolvido que declarou ter efetuado um disparo contra o estudante com uma escopeta com munição de borracha foi passado imediatamente à ordem do Ministério Público (MP) para estabelecer as responsabilidades", indicou Meléndez em telefonema com a emissora "VTV".

O Ministério Público informou pouco antes destas declarações através de um comunicado que acusará o oficial da PNB, Javier Mora Ortiz, de 23 anos, por vinculação com a morte do adolescente.

A titular de Interior assinalou também que a morte de Kliver Roa, de 14 anos, ocorreu no setor Barrio Obrero desta cidade "durante os protestos" que aconteceram hoje na cidade e "que, às 11 da manhã (10h30 em Brasília) foi ferido na região occipital".

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, enviou suas condolências à família do adolescente e condenou seu "assassinato" durante, disse, um "ato de violência, quando um grupo de rapazes com capuz estavam em atividades de protestos e de geração de violência".

"Nesse momento aconteceu um fato inverossímil: passaram policiais por ali, começou uma briga, dizem os policiais que foram rodeados e golpeados e atacados com pedras e um dos policiais acionou a escopeta de balas de chumbo e assassinou este rapaz", explicou o chefe do Executivo em um discurso na estatal "VTV".

O MP designou dois promotores nacionais e um do estado de Táchira para investigar o sucedido, acrescentou a nota.

"Chega de matar os jovens de nossa pátria!", disse o ex-candidato presidencial, Henrique Capriles, que reagiu à notícia com uma mensagem no Twitter.

A também opositora María Corina Machado escreveu na mesma rede social que "não há palavras para transmitir minha dor e indignação. Assassinaram uma criança de 14 anos. Um rapaz que protestava com seus companheiros".

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