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Policiais aparecem em vídeo em que negro desarmado é morto

Caso aconteceu em Chicago, nos Estados Unidos


	Chicago: após o caso, polícia suspendeu de suas funções três agentes
 (Getty Images)

Chicago: após o caso, polícia suspendeu de suas funções três agentes (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 6 de agosto de 2016 às 08h23.

Washington — A polícia de Chicago, nos Estados Unidos, divulgou na sexta-feira um vídeo mostrando os momentos antecedeu e o que sucedeu a morte de um jovem negro, que estava desarmado, pelas mãos de seus agentes, no último dia 28 de julho.

As imagens foram obtidas através de câmeras pessoais instaladas nos uniformes dos agentes, mas o momento em que os tiros foram disparados não ficou registrado, porque o dispositivo em questão não estava funcionando ou estava desligado.

O jovem morto, Paul O'Neal, tinha roubado um veículo e tentava fugir das autoridades pelas ruas de Chicago no ponto onde começa o vídeo.

Nesse ponto aparecem dois agentes que disparam suas pistolas contra o veículo conduzido por O'Neal, que termina se chocando contra outra viatura policial.

Após o impacto, O'Neal, que tinha 18 anos, sai do veículo e corre em direção ao quintal de uma casa enquanto vários policiais o perseguiram, quando um policial atirou, acertando suas costas.

Embora esse momento não tenha sido registrado diretamente, o barulho dos disparos aparece na câmera de outro policial que estava chegando ao quintal.

As imagens a seguir correspondem a um agente gritando: "mãos atrás das costas", "atirou contra a gente", falando diversos insultos contra O'Neal, ele teve a cabeça pressionada contra o chão e sua esposa correu para buscar ajuda e quanto retornou, o jovem já estava com as costas ensanguentadas.

O vídeo mostra então o diálogo entre os agentes, pelo menos meia dúzia, comentando sobre o que aconteceu e se perguntando se o jovem atirou, mesmo estando desarmado.

"Ele disparou contra a gente, certo?", questiona um dos agentes, enquanto outro lamenta seu destino após o disparo: "Agora vou passar 30 dias em uma mesa".

Após o incidente, a polícia de Chicago suspendeu de suas funções três dos agentes envolvidos no tiroteio por ter "violado" os protocolos do corpo.

O superintendente da polícia de Chicago, Eddie Johnson, prometeu que se for comprovado que os agentes são culpados, terão que "prestar contas" por isso.

A morte de O'Neal impactou uma cidade comovida por casos anteriores de cidadãos negros mortos pelas mãos de um policial que já foi condenada em outras ocasiões pelo uso excessivo da força. 

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