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Polícia venezuelana cerca escritório de Guaidó em Caracas

O prédio foi isolado e nas proximidades havia patrulhas do Serviço de Inteligência e uma unidade da Polícia Nacional Bolivariana

Juan Guaidó: o autoproclamado presidente interino do país atualmente está em viagem no exterior (Luisa Gonzalez/Reuters)

Juan Guaidó: o autoproclamado presidente interino do país atualmente está em viagem no exterior (Luisa Gonzalez/Reuters)

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EFE

Publicado em 21 de janeiro de 2020 às 19h50.

Caracas — Funcionários de várias corporações policiais venezuelanas cercaram nesta terça-feira o escritório em Caracas do líder opositor Juan Guaidó, autoproclamado presidente interino do país e que atualmente está em viagem no exterior.

A Agência Efe constatou que o prédio onde estão localizados os escritórios do Guaidó foi isolado e nas proximidades havia patrulhas do Serviço de Inteligência (Sebin), que também controlava a entrada do prédio, e de uma unidade da Polícia Nacional Bolivariana (PNB) encarregada de combater a corrupção.

Fontes policiais da área garantiram à Efe que uma unidade antiexplosivos fazia parte da operação na Torre Zurich, em El Rosal, no setor de Chacao, no leste de Caracas.

A deputada opositora Adriana Pichardo, do partido Voluntad Popular, liderado por Leopoldo López, disse à mídia que o procedimento foi realizado em todo o edifício, que os elevadores foram desligados, e disse não ter conhecimento do "que está acontecendo lá dentro", já que não conseguiu ter acesso.

Pichardo também denunciou que os agentes da polícia não apresentaram nenhum tipo de identificação.

Outra deputada da oposição, Delsa Solórzarno, relatou que no momento em que a polícia entrou no prédio, ninguém da equipe de Guaidó estava no escritório, e contou que "qualquer procedimento foi feito sem testemunhas ou advogados", então "qualquer coisa" que aconteça dentro ou "seja plantada" no escritório é de responsabilidade das autoridades.

Solórzarno denunciou que os agentes estavam encapuzados, "o que viola a Lei da Polícia", e acrescentou que não apresentaram nenhum mandado de busca.

"Este é um ato de vingança pelo sucesso da viagem do presidente Guaidó", disse Solórzano, em alusão à viagem que está sendo realizada pelo líder da oposição, que já visitou Colômbia e Reino Unido e deverá participar do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça.

De acordo com Solórzarno, "Guaidó está sabendo o que está acontecendo".

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