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Polícia usa gás lacrimogêneo em protesto na Venezuela

Milhares de manifestantes se dirigiram para o centro de Caracas planejando marchar até a sede do conselho eleitoral nacional


	Venezuela: milhares de manifestantes se dirigiram para o centro de Caracas planejando marchar até a sede do conselho eleitoral nacional
 (Carlos Garcia Rawlins / Reuters)

Venezuela: milhares de manifestantes se dirigiram para o centro de Caracas planejando marchar até a sede do conselho eleitoral nacional (Carlos Garcia Rawlins / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 18 de maio de 2016 às 13h51.

Caracas - As forças de segurança da Venezuela usaram gás lacrimogêneo nesta quarta-feira contra manifestantes em Caracas, em meio a protestos em todo o país pedindo um referendo revogatório para acabar com o governo socialista do presidente Nicolás Maduro.

No terceiro dia de protestos da oposição em uma semana, milhares de manifestantes se dirigiram para o centro de Caracas, disseram testemunhas, planejando marchar até a sede do conselho eleitoral nacional.

Mas soldados da Guarda Nacional e a polícia isolaram o quarteirão onde os manifestantes planejavam se reunir. Os manifestantes seguiram então para as ruas próximas com bandeiras e gritando frases anti-Maduro.

Forças de segurança usaram gás lacrimogêneo contra cerca de 100 manifestantes que tentaram passar por uma barreira, disseram testemunhas.

"Eles estão assustados. Os venezuelanos estão cansados, com fome", disse o manifestante Alfredo Gonzales, de 76 anos, que usava um cachecol cobrindo a boca e disse ter sido alvo de spray de pimenta.

Uma manifestação anti-Maduro na quarta-feira da semana passada também acabou em violência, com tropas usando gás lacrimogêneo para conter pessoas que atiravam pedras. Um policial usou spray de pimenta contra o líder da oposição, Henrique Capriles.

Maduro, ex-motorista de ônibus de 53 anos que em 2013 venceu a eleição para substituir Hugo Chávez, acusa Capriles e outros líderes da oposição de tentativa de golpe com a ajuda dos Estados Unidos.

A coalizão da oposição, capitalizando o descontentamento popular pela crise econômica do país, ganhou controle da Assembleia Nacional nas eleições de dezembro. Mas todas as medidas legislativas foram derrubadas pela Suprema Corte que apoia o governo.

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