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Polícia sul-africana é acusada de mentir sobre massacre

A polícia sul-africana foi acusada de ter mentido sobre o massacre de Marikana, que causou a morte de 34 mineiros em greve em 16 de outubro de 2012

Mineiros protestam em Pretória: comissão indicou "ter obtido documentos que provam que a versão da polícia sobre o que aconteceu em Marikana (...) não corresponde à verdade" (Alexander Joe/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de setembro de 2013 às 13h22.

Joanesburgo - A polícia sul-africana foi acusada nesta quinta-feira de ter mentido sobre o massacre de Marikana, que causou a morte de 34 mineiros em greve em 16 de outubro de 2012, pela comissão que investiga a ação policial contra os grevistas.

Em um comunicado, a comissão indicou "ter obtido documentos que provam que a versão da polícia sobre o que aconteceu em Marikana (...) não corresponde à verdade".

"Nós obtivemos documentos que a polícia sul-africana dizia não existir", indicou a comissão no comunicado à imprensa, anunciando a suspensão de suas audiências até quarta-feira para a análise dos novos documentos.

Ela acrescenta ainda que possui "documentos que deveriam ter sido divulgados mas que não foram", e documentos "que parecem ter sido fabricados depois dos eventos", especialmente em uma reunião da polícia para preparar sua apresentação.

A comissão garante que "os documentos não foram descobertos pelos investigadores, mas entregues voluntariamente por membros da polícia sul-africana".

"Nos últimos dez dias, os chefes investigadores da comissão tiveram acesso aos dados informáticos de membros da polícia, e obteve cópias de documentos policiais que não haviam sido acessados", de acordo com o comunicado.


A principal questão que a Comissão deve responder é se a polícia tem razão em dizer que agiram em legítima defesa quando atiraram contra os mineiros.

Em 16 de agosto de 2012, a polícia sul-africana reprimiu os empregados em greve do grupo britânico Lonmin, abrindo fogo contra a multidão na mina de platina de Marikana, a 100 km de Joanesburgo (norte) .

O governo sul-africano financia sete advogados que representam a polícia na investigação.

As primeiras audiências revelaram que algumas vítimas foram perseguidas pela polícia e baleadas pelas costas, mas o chefe da polícia nacional, Riah Phiyega, sempre manteve uma atitude evasiva e nunca admitiu qualquer responsabilidade.

Este assassinato em massa é sem precedentes desde o fim do regime racista do apartheid. Até o momento, nenhum policial foi acusado.

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Em um comunicado, a comissão indicou "ter obtido documentos que provam que a versão da polícia sobre o que aconteceu em Marikana (...) não corresponde à verdade".

"Nós obtivemos documentos que a polícia sul-africana dizia não existir", indicou a comissão no comunicado à imprensa, anunciando a suspensão de suas audiências até quarta-feira para a análise dos novos documentos.

Ela acrescenta ainda que possui "documentos que deveriam ter sido divulgados mas que não foram", e documentos "que parecem ter sido fabricados depois dos eventos", especialmente em uma reunião da polícia para preparar sua apresentação.

A comissão garante que "os documentos não foram descobertos pelos investigadores, mas entregues voluntariamente por membros da polícia sul-africana".

"Nos últimos dez dias, os chefes investigadores da comissão tiveram acesso aos dados informáticos de membros da polícia, e obteve cópias de documentos policiais que não haviam sido acessados", de acordo com o comunicado.


A principal questão que a Comissão deve responder é se a polícia tem razão em dizer que agiram em legítima defesa quando atiraram contra os mineiros.

Em 16 de agosto de 2012, a polícia sul-africana reprimiu os empregados em greve do grupo britânico Lonmin, abrindo fogo contra a multidão na mina de platina de Marikana, a 100 km de Joanesburgo (norte) .

O governo sul-africano financia sete advogados que representam a polícia na investigação.

As primeiras audiências revelaram que algumas vítimas foram perseguidas pela polícia e baleadas pelas costas, mas o chefe da polícia nacional, Riah Phiyega, sempre manteve uma atitude evasiva e nunca admitiu qualquer responsabilidade.

Este assassinato em massa é sem precedentes desde o fim do regime racista do apartheid. Até o momento, nenhum policial foi acusado.

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