Bandeira da Dinamarca é vista a meio mastro, em homenagem às vítimas de ataque terrorista em Copenhague (Leonhard Foeger/Reuters)
Da Redação
Publicado em 16 de fevereiro de 2015 às 16h37.
COPENHAGUE - A polícia dinamarquesa prendeu duas pessoas por suspeita de ajudar um homem armado em ataques mortais no fim de semana contra uma sinagoga e um evento sobre liberdade de expressão, que chocaram uma nação orgulhosa de seu histórico de segurança e abertura.
Um homem armado de 22 anos de idade atirou no sábado contra um café em Copenhague que promovia um debate sobre a liberdade de expressão, matando uma pessoa, e atacou uma sinagoga, resultando na morte de um guarda.
O homem depois foi morto a tiros pela polícia em seu bairro de Norrebro.
O evento no café contou com a presença do artista sueco Lars Vilks, que recebeu ameaças de morte por desenhos do profeta Maomé, e pelo embaixador francês François Zimeray, que comparou os ataques aos ocorridos contra o semanário francês Charlie Hebdo em Paris.
Vilks e Zimeray saíram ilesos.
"Os dois homens são suspeitos de ajudar o autor do crime, dando-lhe conselhos e assistência em conexão com o tiroteio na Krudttøndenre e Krystalgade", disse a polícia em um comunicado nesta segunda-feira, referindo-se aos locais dos ataques.
Um juiz em Copenhagen, mais tarde, determinou aos dois suspeitos 10 dias de prisão.
A detenção de possíveis cúmplices pode aumentar os temores de que isso não foi apenas um ataque isolado, mas, possivelmente, apoiado por um grupo mais organizado de jovens marginalizados radicalizados pelo tempo na cadeia ou desemprego.
Não houve, no entanto, sugestão de que grupos jihadistas estrangeiros desempenharam algum papel.
"Nós não estamos falando sobre um lutador que esteve no exterior, na Síria ou no Iraque. Estamos falando de um homem que era conhecido da polícia por suas atividades de gangues, atividades criminosas dentro da Dinamarca", disse o ministro de Relações Exteriores, Martin Lidegaard, à BBC.