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Polícia identifica 200 testemunhas de caso de ex-espião russo

O antigo agente duplo Sergei Skripal, 66, e sua filha Yulia, 33, estão no hospital em condições críticas desde domingo

Reino Unido: o Kremlin negou envolvimento no incidente (Eddie Keogh/Reuters)

Reino Unido: o Kremlin negou envolvimento no incidente (Eddie Keogh/Reuters)

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Reuters

Publicado em 10 de março de 2018 às 17h08.

Salisbury - A polícia britânica identificou mais de 200 testemunhas e está procurando mais de 240 evidências, na investigação do ataque com agentes nervosos contra um ex-espião russo e sua filha, disse o ministro do Interior, Amber Rudd, neste sábado.

O antigo agente duplo Sergei Skripal, 66, e sua filha Yulia, 33, estão no hospital em condições críticas desde domingo, quando foram encontrados inconscientes em um banco da catedral da cidade de Salisbury, na Inglaterra.

"As duas vítimas continuam no hospital e estão em condições críticas, mas estáveis", disse Rudd, a repórteres, depois de uma reunião do comitê de segurança do governo.

Skripal traiu dezenas de agentes russos para a inteligência britânica antes de ser preso, em Moscou, em 2004. Ele foi sentenciado a 13 anos de prisão, em 2006, e em 2010 recebeu refúgio do Reino Unido, após ser trocado por espiões russos.

Muitos na imprensa e na política do Reino Unido especulam que a Rússia pode ter desempenhado algum papel no ataque a Skripal, mas Rudd reiterou que ainda era cedo demais para dizer quem é o responsável, e que a polícia deveria ter tempo e espaço para determinar os fatos.

O Kremlin negou envolvimento no incidente e acusou a imprensa britânica de histeria anti-Rússia.

Em Salisbury, uma cidade normalmente calma, veículos militares e tropas em vestes de proteção e máscaras de gás foram vistos trabalhando em vários locais associados à investigação.

Em uma estação de ambulâncias, a uma pequena distância do centro da cidade, tropas com vestes verdes, luvas roxas e máscaras de gás cobriram ambulâncias, preparando-se para removê-las.

No hospital onde os Skripals estão sendo tratados, outro time usou um caminhão do Exército para remover um carro de polícia.

Ruud disse que Nick Bailey, policial que passou mal depois de participar das primeiras respostas ao ataque, continuava seriamente doente, mas conseguia conversar com sua família.

A polícia de Wiltshire, a força local, emitiu um comunicado em nome de Bailey, no qual agradeceu ao público pelas mensagens de apoio que ele recebeu.

"Ele não se considera um herói, diz que estava apenas fazendo seu trabalho", disse o comunicado.

Rudd disse que mais de 250 policiais anti-terrorismo, de oito de 11 unidades especialistas do Reino Unido, estavam envolvidos na investigação, que progredia com "velocidade e profissionalismo".

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