Polícia encontra segundo carro usado em ataques de Paris
Um carro preto usado nos tiroteios em bar e restaurante foi encontrado em Montreuil, nos subúrbios leste de Paris. O pai e o irmão do terrorista foram detidos
Da Redação
Publicado em 15 de novembro de 2015 às 08h10.
Depois de identificar um primeiro jihadista envolvido nos ataques mortais de Paris , os investigadores concentram suas atenções em potenciais cúmplices e patrocinadores, as pistas levam até a Grécia e a Bélgica.
Seis pessoas próximas a Omar Ismaïl Mostefai, o suicida francês identificado como um dos autores do ataque na casa de espetáculos Bataclan, em Paris, estão sob custódia, incluindo seu pai e irmão e a esposa deste último, informaram fontes judiciais e policiais.
Um carro preto da marca Seat, utilizado nos tiroteios de sexta-feira à noite em um bar e restaurante, também foi encontrado em Montreuil, nos subúrbios leste de Paris, segundo fontes policiais .
O pai e o irmão do atacante, morto na explosão de seu cinto de explosivos, foram detidos na noite de sábado e buscas foram realizadas em suas casas em Romilly-sur-Seine (leste da França) e Bondoufle (arredores de Paris).
Omar Ismail Mostefai, um francês de 29 anos, foi identificado graças a um dedo cortado encontrado na cena do crime .
Nascido em Courcouronnes, subúrbio de Paris, este pequeno delinquente condenado por vários crimes comuns foi fichado por sua radicalização islamita a partir de 2010, mas "nunca tinha sido envolvido em um caso" jihadista, segundo a justiça.
Dois dias após os ataques, os mais mortíferos na França - que fizeram 129 mortos e mais de 350 feridos - os investigadores também encontraram, perto do corpo de um homem-bomba do Stade de France, um passaporte sírio pertencente a um migrante registado na Grécia, segundo Atenas.
A investigação também aponta para uma pista belga. Três pessoas foram presas pelas autoridades belgas. Entre elas, o homem que alugou o carro Polo preto dos suicidas encontrado estacionado em frente ao Bataclan, palco do mais mortal dos ataques, com ao menos 89 mortos.
Luto nacional
Os três suspeitos "não são conhecidos dos serviços de inteligência franceses", indicou o procurador de Paris, François Molins. Os investigadores buscam compreender se alguns dos atacantes conseguiram escapar e se outros ataques estão em preparação.
Segundo o procurador de Paris, três equipes participaram nos atentados. Sete terroristas morreram no curso de suas ações criminosas. Mas outras pessoas podem estar envolvidas nos ataques.
Três jihadistas morreram no Bataclan, outros três fizeram-se explodir perto do Stade de France, onde 80.000 pessoas, incluindo o presidente François Hollande, assistiam a uma partida de futebol entre a França e a Alemanha, e um no Boulevard Voltaire, no leste Paris.
Os agressores abriram fogo centenas de vezes indiscriminadamente contra clientes dos cafés e restaurantes e contra o público que assistia a um show de rock no Bataclan.
Dez meses depois dos atentados contra a revista satírica Charlie Hebdo e a um mercado kosher, que fizeram 17 mortos em janeiro, os ataques de sexta voltaram a mergulhar a França na tristeza.
Um luto nacional de três dias é respeitado desde domingo. Museus e teatros continuam fechados na capital. Sábado à noite, os restaurantes estavam vazios - exceto, paradoxalmente, no distrito do Bataclan.
Neste domingo, a falta de feiras ao ar livre, típicas em Paris, era marcante.
E apesar da proibição de manifestações em Paris até quinta-feira, centenas de pessoas prestaram homenagens às vítimas, comparecendo aos locais dos ataques para deixar floretes e velas acesas. Em várias cidades ao redor do mundo, também foram prestados tributos às vítimas e ao povo francês.
O presidente francês, que apelou para a unidade nacional, receberá ao longo do dia líderes de partidos, incluindo seu antecessor e rival de direita, Nicolas Sarkozy.
Na segunda-feira, ele discursará para as duas Câmaras do Parlamento reunidas em Congresso em Paris, em um ato político excepcional.
O presidente, que chamou os ataques de um "ato de guerra", decidiu mobilizar 3.000 soldados adicionais na operação Sentinel, criada após os ataques em janeiro para proteger os locais sensíveis (sinagogas, mesquitas...) e locais públicos.
10.000 militares mobilizados
No total, 10.000 soldados serão mobilizados até terça-feira à noite no território, especialmente em Paris, o limite máximo previsto para Sentinel.
No front externo, a França, envolvida militarmente na Síria e no Iraque, "atacará para destruir" o grupo Estado Islâmico que assumiu a responsabilidade pelos ataques, prometeu o primeiro-ministro Manuel Valls.
Questionado sobre os alvos do exército francês - que após atacar campos de treinamento do EI passou a visar locais petrolíferos do grupo - o ministro da Defesa, Jean-Yves Le Drian, afirmou que "todas as capacidades do Daesh (acrônimo em árabe para o Estado Islâmico) que nós temos de mirar".
As mensagens de solidariedade e apoio continuam a chegar de todo o mundo. Os Chefes de Estado e de Governo do G20 reunidos em Antalya, na Turquia, prepararam uma declaração comum.
Em Israel, o ministro da Defesa Moshe Yaalon instou a Europa a aprovar leis "para uma luta mais eficaz contra o terrorismo", considerando que o "equilíbrio" decaía muito "em favor dos direitos humanos" à custa da segurança.
Depois de identificar um primeiro jihadista envolvido nos ataques mortais de Paris , os investigadores concentram suas atenções em potenciais cúmplices e patrocinadores, as pistas levam até a Grécia e a Bélgica.
Seis pessoas próximas a Omar Ismaïl Mostefai, o suicida francês identificado como um dos autores do ataque na casa de espetáculos Bataclan, em Paris, estão sob custódia, incluindo seu pai e irmão e a esposa deste último, informaram fontes judiciais e policiais.
Um carro preto da marca Seat, utilizado nos tiroteios de sexta-feira à noite em um bar e restaurante, também foi encontrado em Montreuil, nos subúrbios leste de Paris, segundo fontes policiais .
O pai e o irmão do atacante, morto na explosão de seu cinto de explosivos, foram detidos na noite de sábado e buscas foram realizadas em suas casas em Romilly-sur-Seine (leste da França) e Bondoufle (arredores de Paris).
Omar Ismail Mostefai, um francês de 29 anos, foi identificado graças a um dedo cortado encontrado na cena do crime .
Nascido em Courcouronnes, subúrbio de Paris, este pequeno delinquente condenado por vários crimes comuns foi fichado por sua radicalização islamita a partir de 2010, mas "nunca tinha sido envolvido em um caso" jihadista, segundo a justiça.
Dois dias após os ataques, os mais mortíferos na França - que fizeram 129 mortos e mais de 350 feridos - os investigadores também encontraram, perto do corpo de um homem-bomba do Stade de France, um passaporte sírio pertencente a um migrante registado na Grécia, segundo Atenas.
A investigação também aponta para uma pista belga. Três pessoas foram presas pelas autoridades belgas. Entre elas, o homem que alugou o carro Polo preto dos suicidas encontrado estacionado em frente ao Bataclan, palco do mais mortal dos ataques, com ao menos 89 mortos.
Luto nacional
Os três suspeitos "não são conhecidos dos serviços de inteligência franceses", indicou o procurador de Paris, François Molins. Os investigadores buscam compreender se alguns dos atacantes conseguiram escapar e se outros ataques estão em preparação.
Segundo o procurador de Paris, três equipes participaram nos atentados. Sete terroristas morreram no curso de suas ações criminosas. Mas outras pessoas podem estar envolvidas nos ataques.
Três jihadistas morreram no Bataclan, outros três fizeram-se explodir perto do Stade de France, onde 80.000 pessoas, incluindo o presidente François Hollande, assistiam a uma partida de futebol entre a França e a Alemanha, e um no Boulevard Voltaire, no leste Paris.
Os agressores abriram fogo centenas de vezes indiscriminadamente contra clientes dos cafés e restaurantes e contra o público que assistia a um show de rock no Bataclan.
Dez meses depois dos atentados contra a revista satírica Charlie Hebdo e a um mercado kosher, que fizeram 17 mortos em janeiro, os ataques de sexta voltaram a mergulhar a França na tristeza.
Um luto nacional de três dias é respeitado desde domingo. Museus e teatros continuam fechados na capital. Sábado à noite, os restaurantes estavam vazios - exceto, paradoxalmente, no distrito do Bataclan.
Neste domingo, a falta de feiras ao ar livre, típicas em Paris, era marcante.
E apesar da proibição de manifestações em Paris até quinta-feira, centenas de pessoas prestaram homenagens às vítimas, comparecendo aos locais dos ataques para deixar floretes e velas acesas. Em várias cidades ao redor do mundo, também foram prestados tributos às vítimas e ao povo francês.
O presidente francês, que apelou para a unidade nacional, receberá ao longo do dia líderes de partidos, incluindo seu antecessor e rival de direita, Nicolas Sarkozy.
Na segunda-feira, ele discursará para as duas Câmaras do Parlamento reunidas em Congresso em Paris, em um ato político excepcional.
O presidente, que chamou os ataques de um "ato de guerra", decidiu mobilizar 3.000 soldados adicionais na operação Sentinel, criada após os ataques em janeiro para proteger os locais sensíveis (sinagogas, mesquitas...) e locais públicos.
10.000 militares mobilizados
No total, 10.000 soldados serão mobilizados até terça-feira à noite no território, especialmente em Paris, o limite máximo previsto para Sentinel.
No front externo, a França, envolvida militarmente na Síria e no Iraque, "atacará para destruir" o grupo Estado Islâmico que assumiu a responsabilidade pelos ataques, prometeu o primeiro-ministro Manuel Valls.
Questionado sobre os alvos do exército francês - que após atacar campos de treinamento do EI passou a visar locais petrolíferos do grupo - o ministro da Defesa, Jean-Yves Le Drian, afirmou que "todas as capacidades do Daesh (acrônimo em árabe para o Estado Islâmico) que nós temos de mirar".
As mensagens de solidariedade e apoio continuam a chegar de todo o mundo. Os Chefes de Estado e de Governo do G20 reunidos em Antalya, na Turquia, prepararam uma declaração comum.
Em Israel, o ministro da Defesa Moshe Yaalon instou a Europa a aprovar leis "para uma luta mais eficaz contra o terrorismo", considerando que o "equilíbrio" decaía muito "em favor dos direitos humanos" à custa da segurança.