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Polícia da Indonésia exige teste de virgindade a candidatas

Indonésia, que tem a maior população muçulmana do mundo, diz que teste é feito para "comprovar a qualidade (das candidatas) constatando a sua virgindade"

Policial da Polícia Nacional da Indonésia: no país, todas as mulheres que ingressam na força policial são submetidas a testes para comprovar virgindade (The Speaker/Flickr/Creative Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de novembro de 2014 às 09h07.

Bangcoc  - A polícia da Indonésia confirmou que as autoridades do país realizam teste de virgindade nas aspirantes a entrar na corporação, como prova de sua força física e moral, um exame que Human Rights Watch (HRW) classifica como humilhante, publicou nesta quinta-feira a imprensa local.

O diretor do departamento legal da Polícia Nacional, Moechgiyarto, afirmou ao jornal 'The Jakarta Post' que os teste são feitos exclusivamente em mulheres e são realizados em hospitais operados pela própria polícia. A Indonésia tem a maior população muçulmana do mundo.

'O procedimento já é praticado há muito tempo. Temos que comprovar a qualidade (das candidatas) constatando sua virgindade', declarou Moechgiyarto durante uma entrevista coletiva ontem em Jacarta, a capital do país.

O HRW denunciou na terça-feira a prática, comumente conhecida como a 'prova dos dois dedos', em um relatório elaborado a partir de entrevistas com agentes na ativa e aposentadas, aspirantes, médicos da polícia e ativistas.

'A Polícia Nacional da Indonésia usa os teste de virgindade como uma prática discriminatória que danifica e humilha às mulheres', alertou em comunicado Nisha Varia, diretora de direitos da mulher da HRW.

A organização alerta que estas práticas foram reconhecidas como violação dos direitos humanos por tratados internacionais que a Indonésia ratificou.

'Entrar na sala do teste de virgindade foi terrível. Estava com medo de deixar de ser virgem depois de fazer o exame. Doeu muito. Uma das minhas amigas desmaiou, inclusive', relatou uma policial indonésia no documento.

A Polícia Nacional da Indonésia planeja aumentar o número de mulheres policiais para 21 mil em dezembro. Com isso, elas passariam a representar de 3% a 5% do total da corporação.

Os testes de virgindade são realizados também em outros países como o Egito, Índia e Afeganistão, segundo o HRW.

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Bangcoc  - A polícia da Indonésia confirmou que as autoridades do país realizam teste de virgindade nas aspirantes a entrar na corporação, como prova de sua força física e moral, um exame que Human Rights Watch (HRW) classifica como humilhante, publicou nesta quinta-feira a imprensa local.

O diretor do departamento legal da Polícia Nacional, Moechgiyarto, afirmou ao jornal 'The Jakarta Post' que os teste são feitos exclusivamente em mulheres e são realizados em hospitais operados pela própria polícia. A Indonésia tem a maior população muçulmana do mundo.

'O procedimento já é praticado há muito tempo. Temos que comprovar a qualidade (das candidatas) constatando sua virgindade', declarou Moechgiyarto durante uma entrevista coletiva ontem em Jacarta, a capital do país.

O HRW denunciou na terça-feira a prática, comumente conhecida como a 'prova dos dois dedos', em um relatório elaborado a partir de entrevistas com agentes na ativa e aposentadas, aspirantes, médicos da polícia e ativistas.

'A Polícia Nacional da Indonésia usa os teste de virgindade como uma prática discriminatória que danifica e humilha às mulheres', alertou em comunicado Nisha Varia, diretora de direitos da mulher da HRW.

A organização alerta que estas práticas foram reconhecidas como violação dos direitos humanos por tratados internacionais que a Indonésia ratificou.

'Entrar na sala do teste de virgindade foi terrível. Estava com medo de deixar de ser virgem depois de fazer o exame. Doeu muito. Uma das minhas amigas desmaiou, inclusive', relatou uma policial indonésia no documento.

A Polícia Nacional da Indonésia planeja aumentar o número de mulheres policiais para 21 mil em dezembro. Com isso, elas passariam a representar de 3% a 5% do total da corporação.

Os testes de virgindade são realizados também em outros países como o Egito, Índia e Afeganistão, segundo o HRW.

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