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Polícia afirma que é cedo para falar de terrorismo na Flórida

O oficial de Broward, situado ao norte de Miami (Flórida, Estados Unidos), declarou que o autor do "horrível incidente" parece ter atuado sozinho

Tiroteio em aeroporto: "O FBI terá que determinar se foi um ato de terrorismo" (Zachary Fagenson/Reuters)

Tiroteio em aeroporto: "O FBI terá que determinar se foi um ato de terrorismo" (Zachary Fagenson/Reuters)

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EFE

Publicado em 6 de janeiro de 2017 às 20h36.

Miami - Scott Israel, xerife do condado de Broward, onde se encontra o aeroporto de Fort Lauderdale, disse nesta sexta-feira que é "cedo demais" para saber se o tiroteio que matou hoje pelo menos cinco pessoas e deixou outras oito feridas foi um ato de terrorismo.

O oficial de Broward, situado ao norte de Miami (Flórida, Estados Unidos), declarou que o autor do "horrível incidente" parece ter atuado sozinho, já foi detido sem oferecer resistência e colabora com as autoridades.

"O FBI terá que determinar se foi um ato de terrorismo", indicou.

George Piro, do escritório do FBI em Miami, confirmou na mesma entrevista coletiva que a investigação está em uma "fase muito inicial" e, portanto, é prematuro determinar o motivo do ataque.

Scott afirmou ainda que não há evidências de que tenha ocorrido um segundo tiroteio ou que haja um homem armado no aeroporto, como informou em um primeiro momento a Direção de Segurança no Transporte (TSA, na sigla em inglês).

"Neste momento parece que o autor dos disparos atuou sozinho", disse em entrevista coletiva o xerife, que indicou que o suspeito, que não teve sua identidade revelada, não disparou contra o agente que efetuou a detenção.

Embora as autoridades policiais tenham se recusado a informar do nome do suspeito, o senador pela Flórida, Bill Nelson, declarou que foi informado que se trataria do jovem Esteban Santiago, de 26 anos e natural de Nova Jersey.

O político indicou que o jovem latino portava uma identificação militar, embora ainda se desconheça se poderia ser de outra pessoa.

Veículos de comunicação informam que o suspeito voou hoje e, ao recolher sua mala, foi ao banheiro, onde retirou a arma que tinha despachado, retornou à área de bagagens do terminal 2 e começou a disparar às 12h55 (horário local, 15h55 de Brasília).

Segundo Scott, o suspeito agora está sendo interrogado por agentes do Birô Federal de Investigação (FBI) e do departamento de homicídios de Broward para estabelecer o "motivo" do tiroteio.

O xerife explicou que as fitas das câmeras de segurança serão revisadas para determinar se há mais pessoas envolvidas no incidente, mas até o momento não há indícios que apoiem essa teoria.

As autoridades não informaram do tipo de arma utilizada no ataque, nem de veículos, e reiteraram que a investigação ainda está em processo.

Por sua parte, Mark Gale, diretor do aeroporto, assegurou que revisarão metodicamente o aeroporto, para poder garantir que está livre de perigo, mas não sabe quando poderá ser reaberto, pois não podem dizer que não há ainda uma "ameaça viável".

Gale acrescentou que o aeroporto é um dos mais ocupados do país" e que, em um dia típico, recebe entre 80.000 e 100.000 passageiros.

Além disso, destacou que os terminais estão fechados e alguns passageiros se encontram em refúgios com proteção de agentes, os quais são vão liberando as pessoas progressivamente.

Outros passageiros se encontram ainda dentro dos aviões que estão na pista de aterrissagem, alguns dos quais talvez possam decolar em breve.

A Administração Federal de Aviação (FAA) ordenou hoje a suspensão nos aeroportos de origem de todos os voos com destino a Fort Lauderdale.

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