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Polêmico comboio nuclear chega ao depósito alemão de Lubmin

Transporte de resíduos nucleares atravessou a Alemanha e superou bloqueios protagonizados por ativistas nos 900 quilômetros percorridos

Imagem mostra o comboio com lixo nuclear já em 2008 (Carsten Koall/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 17 de fevereiro de 2011 às 07h02.

Berlim - O polêmico transporte de resíduos nucleares chegou nesta quinta-feira ao seu destino final no depósito de lixo atômico de Lubmin, no estado de Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental, após atravessar a Alemanha e superar os bloqueios protagonizados por ativistas nos 900 quilômetros percorridos.

O comboio, com 56 toneladas de lixo radioativo, chegou ao seu destino com várias horas de atraso e após registrar várias paradas forçadas em seu caminho pelos protestos de ativistas antinucleares, que em várias ocasiões interromperam a via.

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Várias pessoas ficaram feridas nos últimos quilômetros do percurso, segundo reconheceu a Polícia, informando que um manifestante sofreu ferimentos leves em uma tentativa de fechar a via próxima da localidade de Buchenhorst e outro em enfrentamentos com agentes antidistúrbios em Kemnitz, a dez quilômetros de Lubmin.

A Polícia tentou impedir que um grupo de ativistas obstruísse a via, enquanto um porta-voz da chamada Aliança Antiatômica denunciou que o número de feridos é maior e acusou os agentes de atuarem com brutalidade contra os cerca de 100 manifestantes que pretendiam bloquear a passagem do comboio.

Às portas da usina de Lubmin estavam mais de 100 ativistas para tentar deter novamente o comboio na chegada a seu destino final, mas os manifestantes foram dispersados por agentes antidistúrbios antes da chegada do trem especial.

O polêmico comboio, que carrega cinco contêineres "Castor" com 60 mil litros de resíduos nucleares líquidos, partiu na madrugada de quarta-feira da antiga usina de reciclagem de Karlsruhe (WAK), no sudoeste do país, rumo a Lubmin, no nordeste.

A Polícia deteve provisoriamente durante a partida do comboio os 310 manifestantes que bloqueavam a via em frente à WAK, sendo que dez deles foram denunciados por resistência à autoridade.

O trem especial, cuja rota foi mantida em segredo, foi escoltado por um amplo desdobramento policial de até sete mil agentes.

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