Poema gigante em Copacabana pede atenção para oceanos
Em uma faixa de 150 metros estendida no calçadão, foram deixadas declarações de amor e cobranças aos governantes por ações para salvar o ecossistema
Da Redação
Publicado em 21 de junho de 2012 às 16h58.
Rio de Janeiro - De frente para o mar de Copacabana, dezenas de pessoas encontraram inspiração para pedir hoje (21) a preservação de oceanos. Em uma faixa de 150 metros estendida no calçadão, elas deixaram declarações de amor e cobraram dos governantes ações para salvar o ecossistema. A iniciativa é das Nações Unidas (ONU) que trouxe, pela primeira vez à América Latina, o artista espanhol Angel Arenas, idealizador do chamado Poema Gigante.
Os oceanos e mares são vitais para existência do ser humano porque produzem oxigênio e alimentos. Segundo a ONU, 3 bilhões de pessoas dependem da biodiversidade marinha e costeira para a própria subsistência. Mas infelizmente, segundo a Agência das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), o tema não mereceu ações específicas de proteção no documento elaborado pelos chefes de Estado na Conferência sobre Desenvolvimento Sustentável, Rio+20 .
"A situação dos oceanos ainda não teve muito destaque. Nas negociações da Rio+20 falamos muito sobre florestas, o que é normal, poluição do ar e uma série de outras questões. Os oceanos não foram muitos discutidos", disse o representante, Eric Falt.
A surfista carioca Carolina Nunes, 25 anos, foi à praia e aproveitou para ajudar na composição do poema. Deixou declarações que refletem sua preocupação com o lançamento de esgoto sem tratamento nas praias, com a quantidade de lixo na orla, que mais tarde acaba em alto mar. "Se você vai para praia, não deixe latinha de refrigerante, canudo, copo de mate e filipeta de festa. Tem época que a gente surfa em meio a isso tudo e a outras coisas bem mais nojentas que é melhor nem falar."
Quem também se preocupa com a quantidade de lixo na praia, principalmente pequenos dejetos, como guimbas de cigarro e canudos, é o gari Richards Santos, 28 anos. Ele fez uma pausa para dar uma bronca em forma de poema e pedir para as pessoas levarem de volta o que trazem à praia. "É muito lixo que a gente tira. As pessoas deviam ter mais cuidado, com latas e garrafas PET", declarou, enquanto parava rapidamente para deixar seu recado no poema.
Já o casal de turistas gaúchos Alvaci Gonçalves, 66 anos, e José Gonçalves, 68 anos, completaram a faixa pedindo a defesa da natureza. "Uma vez que a gente se conscientiza em salvar o planeta, o mar vai se beneficiar também. É um conjunto de atenção", disse a aposentada, que veio ao Rio para participar dos eventos paralelos à conferência e ontem esteve na manifestação que reuniu milhares de pessoas nas proximidades do Riocentro.
O artista Angel Arenas se diz contente com o engajamento do público. Segundo ele, os oceanos estão esquecidos na agenda internacional e a ideia do poema era tirar o assunto dos encontros oficiais e trazer para a orla. "Só a população pode pressionar os governos agora. Nosso objetivo aqui é esse. Fazer com que [as pessoas] tomem consciência de sua força e cobrem a limpeza do mar", destacou sobre a obra, que será doada à prefeitura da cidade do Rio.
Rio de Janeiro - De frente para o mar de Copacabana, dezenas de pessoas encontraram inspiração para pedir hoje (21) a preservação de oceanos. Em uma faixa de 150 metros estendida no calçadão, elas deixaram declarações de amor e cobraram dos governantes ações para salvar o ecossistema. A iniciativa é das Nações Unidas (ONU) que trouxe, pela primeira vez à América Latina, o artista espanhol Angel Arenas, idealizador do chamado Poema Gigante.
Os oceanos e mares são vitais para existência do ser humano porque produzem oxigênio e alimentos. Segundo a ONU, 3 bilhões de pessoas dependem da biodiversidade marinha e costeira para a própria subsistência. Mas infelizmente, segundo a Agência das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), o tema não mereceu ações específicas de proteção no documento elaborado pelos chefes de Estado na Conferência sobre Desenvolvimento Sustentável, Rio+20 .
"A situação dos oceanos ainda não teve muito destaque. Nas negociações da Rio+20 falamos muito sobre florestas, o que é normal, poluição do ar e uma série de outras questões. Os oceanos não foram muitos discutidos", disse o representante, Eric Falt.
A surfista carioca Carolina Nunes, 25 anos, foi à praia e aproveitou para ajudar na composição do poema. Deixou declarações que refletem sua preocupação com o lançamento de esgoto sem tratamento nas praias, com a quantidade de lixo na orla, que mais tarde acaba em alto mar. "Se você vai para praia, não deixe latinha de refrigerante, canudo, copo de mate e filipeta de festa. Tem época que a gente surfa em meio a isso tudo e a outras coisas bem mais nojentas que é melhor nem falar."
Quem também se preocupa com a quantidade de lixo na praia, principalmente pequenos dejetos, como guimbas de cigarro e canudos, é o gari Richards Santos, 28 anos. Ele fez uma pausa para dar uma bronca em forma de poema e pedir para as pessoas levarem de volta o que trazem à praia. "É muito lixo que a gente tira. As pessoas deviam ter mais cuidado, com latas e garrafas PET", declarou, enquanto parava rapidamente para deixar seu recado no poema.
Já o casal de turistas gaúchos Alvaci Gonçalves, 66 anos, e José Gonçalves, 68 anos, completaram a faixa pedindo a defesa da natureza. "Uma vez que a gente se conscientiza em salvar o planeta, o mar vai se beneficiar também. É um conjunto de atenção", disse a aposentada, que veio ao Rio para participar dos eventos paralelos à conferência e ontem esteve na manifestação que reuniu milhares de pessoas nas proximidades do Riocentro.
O artista Angel Arenas se diz contente com o engajamento do público. Segundo ele, os oceanos estão esquecidos na agenda internacional e a ideia do poema era tirar o assunto dos encontros oficiais e trazer para a orla. "Só a população pode pressionar os governos agora. Nosso objetivo aqui é esse. Fazer com que [as pessoas] tomem consciência de sua força e cobrem a limpeza do mar", destacou sobre a obra, que será doada à prefeitura da cidade do Rio.