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Da Redação
Publicado em 19 de setembro de 2010 às 14h01.
Washington - O poço Macondo da empresa BP no Golfo do México, responsável pelo pior vazamento de petróleo na história dos Estados Unidos, foi declarado oficialmente extinto, após o sucesso dos últimos testes, informou hoje a Guarda Costeira americana.
O comandante do serviço da Guarda Costeira, Thad Allen, indicou que os testes de pressão realizados na noite passada para comprovar a solidez do tampão de cimento injetado no Macondo tiveram êxito e o poço "está efetivamente morto".
Ainda são necessários alguns passos adicionais requeridos pelas normas existentes, mas "já podemos declarar, de maneira definitiva, que o poço Macondo deixou de constituir uma ameaça para o Golfo do México".
Em comunicado, o Escritório de Regulação e Administração da Energia Marinha confirmou que a injeção de cimento foi bem-sucedida. Segundo o órgão, "o poço ficou fechado de maneira permanente com porções de cimento e os testes de pressão confirmam que as porções são sólidas".
Os últimos testes, iniciados na tarde de sábado, concluíram hoje às 5h54 local (7h54 de Brasília), destacou o comunicado.
"Embora o poço esteja extinto, continuamos comprometidos com nossos impetuosos esforços para limpar qualquer mancha de petróleo adicional que possa restar", explicou Allen, que lidera o Comando Nacional de Incidentes.
Este comando passará agora a responsabilidade da vigilância do poço Macondo ao Escritório da Energia Marinha.
Com a declaração de "morte" do Macondo, encerra-se um episódio que durou cinco meses e que começou com a explosão, em 20 de abril, da plataforma petrolífera Deepwater Horizon, quando morreram 11 pessoas.
Dois dias depois, a plataforma afundou no mar, mas os dispositivos que deveriam ter acionado de modo automático para fechar o poço nem chegaram a entrar em funcionamento.
A empresa britânica BP, proprietária do Macondo, concluiu no sábado a operação para selar a base do poço e reforçar o tampão de cimento que já fora instalado há mais de um mês.
A operação sofreu um atraso de semanas devido ao mau tempo e por dúvidas sobre a pressão interna da jazida.
Inicialmente, a BP acreditava que poderia concluir a operação de fechamento em agosto, mas um temporal forçou o abandono dos trabalhos, que só foram retomados na segunda-feira passada.
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