Duas ONGs do PM que agora faz denúncias do Ministério do Esporte já foram acusadas de inadimplência. Pasta de Orlando Silva pediu ressarcimento de R$ 3 milhões, mas voltou atrás (José Cruz/ABr)
Da Redação
Publicado em 19 de outubro de 2011 às 15h30.
Brasília - O policial militar João Dias Ferreira, delator de suposto esquema de corrupção no Ministério do Esporte, foi hoje à Polícia Federal, em Brasília, para prestar depoimento. Em rápida declaração à imprensa, ele disse que vai reafirmar todas as denúncias e informou que, em breve, apresentará as provas que comprometem o ministro Orlando Silva nesse esquema, mediante convênio com ONGs ligadas ao PC do B, partido do qual o ministro faz parte.
Dias informou que seus advogados conseguiram ontem autorização da Justiça Federal para ter acesso a todo o material apreendido em sua residência e escritório no ano passado durante Operação Shaolin. Segundo o policial, dentro desse material estariam incluídos documentos, mídias, e "com certeza duas provas cabais" de envolvimento do ministro Orlando Silva nas denúncias.
A Operação Shaolin investigou denúncias de desvio de recursos do Programa Segundo Tempo, coordenado pelo Ministério do Esporte, para ONGs, entre as quais duas organizações criadas pelo policial que receberam R$ 4 milhões em convênios com o Ministério. Foi nessa operação, que o policial Dias foi preso e teve documentos e mídias apreendidos.