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Plano venezuelano de desarmamento inutiliza 10 mil armas

Armas de fogo foram inutilizadas no marco de um plano do governo para desarmar à população civil


	Nicolás Maduro segura uma arma durante destruição pública de armamentos confiscados, em Caracas
 (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Nicolás Maduro segura uma arma durante destruição pública de armamentos confiscados, em Caracas (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 1 de novembro de 2014 às 17h06.

Caracas - Ao todo, 10 mil armas de fogo foram inutilizadas na Venezuela entre janeiro e outubro deste ano no marco de um plano do governo para desarmar à população civil, informou neste sábado a ministra do Interior, almirante Carmen Meléndez.

"Até agora, temos 10 mil armas inutilizadas; hoje foram 109", declarou a ministra em um ato transmitido pela TV com a destruição de pistolas, escopetas e revólveres apreendidos em crimes ou entregues voluntariamente.

No caso da entrega voluntária, o antigo proprietário da arma recebe em troca produtos, como fogões, refrigeradores, computadores pessoais e motocicletas.

Carmen Meléndez e o ministro da Defesa, geral Vladimir Padrino, lideraram a cerimônia de inutilização de armas em um parque de Caracas, onde também deram início a "Operação Natal 2014" de luta contra da insegurança.

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, promulgou em 15 junho uma lei de desarmamento aprovada previamente pela unicameral Assembleia Nacional. Conforme diversas enquetes, a criminalidade constitui um dos principais problemas do país.

Segundo números oficiais, os crimes violentos na Venezuela mataram mais de 11 mil pessoas durante 2013. Já a ONG Observatório Venezuelano de Violência garante que os assassinatos foram 25 mil.

O partido opositor venezuelano Um Novo Tempo (UNT) informou, por sua vez, que em 2013 ocorreram 24.764 assassinatos, uma taxa de 79 a cada 100 mil habitantes. Isso duplica as contas do governo que contabiliza 39 crimes a cada 100 mil habitantes.

Além do plano de desarmamento, o governo de Maduro mantém desde maio de 2013 o chamado "Plano Pátria Segura", que reforça com soldados a ação policial na luta contra a violência.

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