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PKK avisa que processo de paz com a Turquia pode ser rompido

Guerrilha turco-curda fez o alerta ao governo da Turquia diante do avanço do grupo jihadista Estado Islâmico

Curdos iraquianos simpatizantes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) em manifestação contra o Estado Islâmico (EI) (Safin Hamed/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de outubro de 2014 às 17h39.

Istambul - Em meio ao avanço do grupo jihadista Estado Islâmico ( EI ) na cidade sírio-curda de Kobani, o líder da guerrilha turco-curda PKK, Abdulah Öcalan, advertiu nesta segunda-feira sobre uma possível ruptura do processo de paz com a Turquia .

Se nada mudar, o processo de paz entre a guerrilha curda e o governo turco expirará em 15 de outubro, advertiu Öcalan, que está detido, em mensagem transmitida através de seu irmão.

"Esperaremos até 15 de outubro, assim o comunicamos às delegações, depois não faltará nada do que íamos fazer", disse Mehmet Öcalan sobre o que ouviu de seu irmão, a quem visitou em sua cela no presídio de Imrali, onde ele cumpre pena perpétua desde 1999.

O fundador e ainda dirigente supremo do PKK queixou-se na conversa que o conflito curdo "não pode ser solucionado com táticas de atraso", em referência a um processo de negociação que começou há quase dois anos com conversas entre os serviços secretos turcos e o próprio Öcalan.

O ilegalizado Partido dos Trabalhadores de Curdistão (PKK) iniciou sua luta armada contra o Estado turco em 1984, e desde março de 2013 está em vigor um cessar-fogo.

A guerrilha curda retirou da Turquia grande parte de seus milicianos, mas a cúpula do PKK reclama que Ancara não deu os passos esperados, como a libertação de simpatizantes presos e a introdução do idioma curdo no ensino primário.

"Não há nada que se pareça com uma solução. Falam de negociações, mas não há negociações. É uma fachada falsa. Do que íamos fazer, não falta nada, e não ficará nada", afirmou Mehmet Öcalan citando as palavras do líder do PKK à rede "CNNTürk".

À falta de avanços no processo acrescenta-se o mal-estar curdo pela total inatividade da Turquia frente ao assédio da cidade curdo-síria de Kobani por parte do grupo terrorista Estado Islâmico.

Vários dirigentes curdos advertiram que se a Turquia permitir que Kobani, situada a poucos quilômetros da fronteira turca, caia em poder dos jihadistas, será anulado o processo de paz.

Os líderes curdos responsabilizam Ancara por uma grande permisividade ou inclusive um apoio silencioso ao EI, enquanto fecha a fronteira a qualquer troca entre os curdos de ambos os países.

"Lutaremos até o final contra o EI, não lhe daremos trégua. O EI é uma estrutura artificial, e será um grande problema amanhã para os governos e pessoas que o apoiam. Nosso povo deve resistir para sempre ao EI", declarou Öcalan através de seu irmão.

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Istambul - Em meio ao avanço do grupo jihadista Estado Islâmico ( EI ) na cidade sírio-curda de Kobani, o líder da guerrilha turco-curda PKK, Abdulah Öcalan, advertiu nesta segunda-feira sobre uma possível ruptura do processo de paz com a Turquia .

Se nada mudar, o processo de paz entre a guerrilha curda e o governo turco expirará em 15 de outubro, advertiu Öcalan, que está detido, em mensagem transmitida através de seu irmão.

"Esperaremos até 15 de outubro, assim o comunicamos às delegações, depois não faltará nada do que íamos fazer", disse Mehmet Öcalan sobre o que ouviu de seu irmão, a quem visitou em sua cela no presídio de Imrali, onde ele cumpre pena perpétua desde 1999.

O fundador e ainda dirigente supremo do PKK queixou-se na conversa que o conflito curdo "não pode ser solucionado com táticas de atraso", em referência a um processo de negociação que começou há quase dois anos com conversas entre os serviços secretos turcos e o próprio Öcalan.

O ilegalizado Partido dos Trabalhadores de Curdistão (PKK) iniciou sua luta armada contra o Estado turco em 1984, e desde março de 2013 está em vigor um cessar-fogo.

A guerrilha curda retirou da Turquia grande parte de seus milicianos, mas a cúpula do PKK reclama que Ancara não deu os passos esperados, como a libertação de simpatizantes presos e a introdução do idioma curdo no ensino primário.

"Não há nada que se pareça com uma solução. Falam de negociações, mas não há negociações. É uma fachada falsa. Do que íamos fazer, não falta nada, e não ficará nada", afirmou Mehmet Öcalan citando as palavras do líder do PKK à rede "CNNTürk".

À falta de avanços no processo acrescenta-se o mal-estar curdo pela total inatividade da Turquia frente ao assédio da cidade curdo-síria de Kobani por parte do grupo terrorista Estado Islâmico.

Vários dirigentes curdos advertiram que se a Turquia permitir que Kobani, situada a poucos quilômetros da fronteira turca, caia em poder dos jihadistas, será anulado o processo de paz.

Os líderes curdos responsabilizam Ancara por uma grande permisividade ou inclusive um apoio silencioso ao EI, enquanto fecha a fronteira a qualquer troca entre os curdos de ambos os países.

"Lutaremos até o final contra o EI, não lhe daremos trégua. O EI é uma estrutura artificial, e será um grande problema amanhã para os governos e pessoas que o apoiam. Nosso povo deve resistir para sempre ao EI", declarou Öcalan através de seu irmão.

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